DIREITA RACHADA? 27.11.2025 | 08h09

redacao@gazetadigital.com.br
João Vieira
Como já era esperado, a direita brasileira ainda enfrenta dificuldades para definir um nome de consenso para disputar a Presidência da República em 2026. Com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já articulando seu projeto de reeleição e com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fora do jogo eleitoral, preso e condenado, o campo conservador segue dividido e sem um projeto único. A alternativa que vem ganhando força dentro do grupo, porém, é a possibilidade de lançar múltiplas candidaturas no primeiro turno, para só depois buscar uma união.
Nesse cenário, o ex-senador por Mato Grosso, Cidinho Santos (PP), avaliou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seria hoje o nome com maior potencial de unificar a direita. Ele concedeu entrevista durante o 3º Congresso Cerealista Brasileiro, realizado no Malai Manso Resort, em Chapada dos Guimarães, evento que reuniu também oito governadores.
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Segundo Cidinho, o impasse atual do grupo é justamente definir se haverá uma única candidatura ou se vários postulantes serão lançados.
“O que existe é uma definição se a direita vai ser candidata, um candidato só, ou vai ser vários candidatos no primeiro turno para fazer a união no segundo turno. Eu acho que isso que é a grande dúvida, se vai ter uma candidatura do Romeu Zema, do Caiado, do próprio Tarcísio, do Ratinho, e depois, num segundo turno, ter uma união. Acho que isso que é hoje a grande indefinição do grupo da direita”, afirmou.
Para ele, caso Tarcísio de Freitas aceite entrar na disputa, seria o melhor caminho para consolidar apoio amplo. “Eu acho que se caso a candidatura for do governador Tarcísio, acho que é melhor ter uma união de todos, né, porque você vai já mais fortalecer”, completou Cidinho, reforçando que o paulista desponta como alternativa capaz de alinhar diferentes correntes do campo conservador.
As afirmações de Cidinho foram de encontro ao tom adotado pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que em coletiva, rebateu afirmações de que a direita estaria rachada para a disputa à presidência. Para o governador, o campo político segue unido e que a multiplicação de pré-candidaturas não representa divisão interna.
Zema relatou ter comunicado sua pré-candidatura ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) há 4 meses e disse ter recebido incentivo para que vários nomes avancem. “Estive com o Bolsonaro 4 meses atrás para comunicá-lo da minha pré-candidatura e ele falou: ‘quanto mais candidatos, melhor’”, afirmou na tarde desta quarta-feira (26).
No entanto, ao defender que “quanto mais candidatos, melhor”, Zema expôs uma contradição: apesar de negar divisão, reconheceu que a direita pode ir para a disputa com “dois, três ou quatro nomes”, o que, na prática, pulveriza votos e dificulta a construção de uma candidatura única capaz de enfrentar o presidente Lula (PT), que deve tentar a reeleição.
Zema reforçou que mantém relação próxima com esses governadores e que todos estarão juntos no “momento decisivo”, referindo-se a um eventual segundo turno. “A direita, diferente do que a mídia fala, não está dividida, está, sim, trabalhando junto. E como ela tem muita gente boa, ela pode se dar ao luxo de lançar dois, três ou quatro candidatos, diferente do PT, que só tem um nome há 40 anos”, declarou.-
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