empresários contestam 20.11.2024 | 07h33
allan@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
Projeto de Lei que busca por fim na escala 6x1 segue gerando polêmica com divergências entre a classe trabalhadora e empresarial. A reportagem do esteve no centro de Cuiabá para ouvir a opinião dos cuiabanos sobre o assunto. (Confira o vídeo abaixo)
A Proposta de Emenda a Constituição(PEC) foi apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e já tem assinaturas suficientes para tramitar na Câmara dos Deputados. A PEC propõe modelos como 5x2 (5 dias de trabalho, 2 de descanso) e 4x3 (4 dias de trabalho, 3 de folga). Mas tudo dependerá de acordos entre patrões e empregados.
Atualmente, a escala 6x1 é comum em setores como indústria, comércio, restaurantes e mercados, onde os trabalhadores com carteira assinada cumprem seis dias consecutivos de trabalho e têm um dia de descanso, respeitando as 44 horas semanais estabelecidas pela Consolidação das Leis do Trabalho.
A PEC altera artigo da Constituição Federal que atualmente limita a jornada diária a 8 horas e a carga semanal a 44 horas. Segundo defensores da modificação, a proposta visa oferecer mais flexibilidade às empresas, permitindo maior diversidade na organização das escalas de trabalho e, potencialmente, mais folgas para os trabalhadores ao longo da semana.
“Sou a favor do fim da jornada 6x1 porque de fato é uma jornada que te prende muito. Falando por mulheres, a gente que tem mãe e filhos, é cada dia mais difícil conciliar. Hoje eu tenho o privilégio um pouco diferente e vejo o quanto isso fez diferença no convívio com minha família", disse Larissa Oliveira, que atua em escola de cursos técnicos.
Por outro lado, o vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio) Marco Pessoz criticou a matéria. O gestor afirma que o texto não leva em conta as características únicas de cada setor e os impactos econômicos nas empresas.
“Tenho o ponto de vista que nada deve ser imposto, de cima pra baixo, com todas as categorias tendo que adotar esse modelo. Cada setor tem suas características, suas particularidades”, afirmou.
Ele ainda acrescentou: “Quando vai mexer na formatação do custo da operação das empresas, vai imediatamente ocorrer o aumento de custo e dos serviços que são prestados. Vai ter que contratar mais pessoas para fazer o mesmo serviço que era executado antes, ganhando menos”, explicou Pessoz.
Alta nas pesquisas
De acordo com dados do Google Trends, as pesquisas sobre o “fim da escala 6x1” aumentaram no Mato Grosso, especialmente a partir de 8 de novembro, quando o tema começou a ganhar repercussão nas redes sociais. O interesse variou entre as cidades, com destaque para Campo Novo do Parecis, que registrou o índice mais alto de popularidade (100), seguido por Cáceres (80).
Em outras cidades, o tema também gerou atenção, mas em menor escala. Rondonópolis obteve índice de 49, enquanto Sinop e Lucas do Rio Verde registraram 47 e 39, respectivamente. Sinop e Lucas do Rio Verde, importantes polos do agronegócio no estado, demonstraram um interesse significativo, o que sugere um impacto potencial do tema para trabalhadores locais, que podem estar envolvidos em regimes de escala semelhantes.
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souza - 25/11/2024
Será que além de diminuir a carga horário que foi contrato inicial aceitarão a redução do salário? Já Já os check outs auto-serviços serão comuns, menos operadores de caixa Já Jà teremos mais atacarejo menos repositores. já já menos auxiliar de descargas mais empilhadeiras e caminhões transpaleteiro então menos mão de obra... VAmos ver....
1 comentários