Debate é marcado por civilidade e críticas à ausência de candidato

GazetaDigital

 

O primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Cuiabá foi marcado pela civilidade entre os presentes. Porém, todos criticaram a ausência de Emanuel Pinheiro (MDB), que pleiteia a reeleição. O evento foi realizado no dia 15 de outubro e transmitido pela TV Vila Real, no Grupo Gazeta. Em de novembro, haverá nova discussão, às 11h.

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Por volta das 10h30 os candidatos começaram a chegar à sede do Grupo Gazeta. Abílio Junior (Podemos), Roberto França (Patriota), Gisela Simona (Pros), Aécio Rodrigues (PSL), Julier Sebastião (PT), Paulo Grande e Gilberto Lopes (Psol) falaram brevemente com a imprensa e o atual prefeito havia acabado de anunciar que não compareceria. Ela alegou risco de contaminação pelo novo coronavírus. Antes de realizar o debate, a produção já havia higienizado o local e foram tomadas todas as medidas de biossegurança para que os presentes pudessem participar do ato com segurança.

Os candidatos se cumprimentaram rapidamente com “soquinhos” e alguns deles se abraçaram. Todos usavam máscaras, equipamento que foi retirado durante o debate. Aécio Rodrigues e Paulo Grando foram ainda mais precavidos e só tiravam a proteção para responder aos questionamentos dos adversários.

Logo que começou o primeiro bloco, no qual cada candidato poderia fazer uma pergunta para dois oponentes diferentes, Gilberto Lopes aproveitou a oportunidade e atacou Pinheiro. O púlpito reservado ao emedebista era o lado do nome do Psol e ele tirou seu paletó e colocou sobre a bancada para representar o adversário e lembrar o episódio em que Pinheiro foi filmado colocando dinheiro nos boldos da vestimenta. O local ficou “ocupado” durante todo o primeiro bloco. A produção tentou tirar a peça de roupa do local porque estava cobrindo a placa com o nome do candidato, mas Lopes insistiu que deixasse lá. Na segunda rodada do debate, o paletó foi retirado.

O clima esquentou quando Abílio Júnior declarou que Gisela Simona era “boa candidata, mesmo sendo mulher”. Ela se sentiu ofendida e pediu direito de resposta, mas não foi autorizada a responder. Depois, o candidato tentou remendar a fala e dizer que houve falha em sua comunicação. Julier Sebastião e Roberto França também pediram direito de resposta por se sentirem ofendidos por insinuação de corrupção. Ambos puderam responder. Acusado de misoginia, Abílio quis rebater, mas foi vetado.

Durante os intervalos, os assessores corriam para passar orientações aos candidatos nos poucos minutos disponíveis entre uma rodada e outra. A todo o momento, as anotações eram consultadas. Na pausa mais longa, devido ao programa eleitoral, os postulantes se reuniram com equipe de marketing.

Fora do debate ao vivo não houve ofensas ou agressão entre os candidatos, que até trocaram poucas palavras entre si.
Uma cadeira foi disponibilizada para Roberto França, que já tem 72 anos, para que descansasse durante as quase 3 horas de debate. Ele se sentou algumas vezes, mas passou a maior parte da discussão de pé.

A saída teve rápida despedida, sem contato entre os candidatos. Eles falaram brevemente sobre o debate e avaliaram positivamente esse primeiro contado para discussão entre os candidatos.