taxação de aposentados 05.10.2021 | 10h08
allan@gazetadigital.com.br
ALMT
As discussões em torno da isenção da alíquota previdenciária de aposentados seguem com um futuro incerto. Lideranças partidárias da Assembleia Legislativa se movimentam em busca de um consenso com o Palácio Paiaguás, mas as negociações seguem a passos lentos.
Na última quinta-feira (1), o deputado estadual João Batista (Pros), que também é presidente da CPI da Previdência, afirmou que há uma grande confusão em meio às tratativas. Um dos pontos no meio dessa negociação conturbada refere-se aos dados do que o Estado arrecada e gasta com o pagamento da aposentadoria e pensões em Mato Grosso.
"Existe uma confusão muito grande entre os números apresentados pela Sefaz e o MT Prev. Estamos convocando a Secretaria de Planejamento e Gestão para que a gente consiga um denominador comum do superavit e do deficit apontado desde a aprovação da reforma da Previdência", disse ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10).
Na última segunda-feira (27), o presidente do MT Prev, Elliton Oliveira de Souza, e a secretária-adjunta da Contadoria Geral do Estado, Anésia Cristina Batista, prestaram depoimentos à CPI da Casa de Leis.
Na ocasião, os gestores apresentaram informações orçamentárias e financeiras da Previdência estadual que, segundo eles, é deficitária. A diferença entre a receita e despesa é coberta por meio de transferência financeira. De acordo com os gestores, só em 2020, o deficit financeiro foi de R$ 1,098 bilhão.
Em Mato Grosso, a isenção vale apenas para os idosos que ganham até R$ 3 mil. Na tentativa de amenizar os efeitos gerados aos servidores pela reforma, a Assembleia Legislativa aprovou lei, que está em vigência desde o dia 10 de agosto.
A lei fixou uma regra de cobrança aos servidores que ganham até R$ 9 mil. Com isso, eles passaram a ter isenção sobre R$ 3,3 mil na fatia do benefício. Exemplo: Salário de R$ 9 mil a faixa de R$ 3,3 mil é isenta e desconto de R$ 14% sobre os R$ 5,7 mil restantes.
Outra regra isentou a alíquota de 14% até aos aposentados e pensionistas portadores de doenças incapacitantes que recebem até teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que é R$ 6,4 mil. Contudo, os servidores defendem que constitucionalmente a isenção deveria atender até aqueles que recebem o dobro do teto.
Durante a votação do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), o deputado Lúdio Cabral (PT) tentou emplacar uma emenda no texto para garantir que os aposentados fossem isentos da contribuição previdenciária até o teto do INSS. A modificação, contudo, foi rejeitada em plenário.
"Houve um acordo entre os deputados da base e oposição para que tivesse os votos necessários à LDO para que pudesse avançar no aumento da RGA, que a princípio era 5,05 e chegou a 6,05%", disse.
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Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
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