DEFENDEM INTERESSES PRÓPRIOS 14.12.2025 | 10h10

yuri@gazetadigital.com.br
Yuri Ramires
A aprovação da PL da Dosimetria, que beneficia os condenados por tentativa de golpe, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mobilizou uma série de manifestações em todo o Brasil neste domingo (14). Em Cuiabá não foi diferente. Movimentos sociais e partidos de esquerda se reuniram em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para dizer “não” ao projeto e para ecoar que o “Congresso é inimigo do povo”.
Para o ex-vereador de Cuiabá e Diretor de Articulação da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MT), Robinson Cireia, a população precisa entender que aliviar a pena para os condenados por golpe de Estado “significa que amanhã, qualquer um pode preparar e tentar aplicar um golpe, que não vai ser punido e que vai naturalizar essas ações”, disse.
“Não é só uma redução de pena para Bolsonaro e outros golpistas, mas representa uma redução de pena para outros criminosos”, destacou o professor, alegando que o Congresso Brasileiro virou uma “bagunça institucional”.
Para Cireia, o ato também é uma crítica direta à atuação dos congressistas. “Votar o fim da escala de trabalho 6x1 eles enrolam, para dar isenção no imposto de renda, não colocam em pauta, mas para proteger a turma deles, e eles próprios, são rápidos e acelerados”.
Destaca ainda que “o Congresso deixou de representar os interesses populares, mas apenas do grupo político que está lá”. “Quais pautas eles defendem? São pautas anti-povo, anti-servidor público”.
Além de contrários ao PL da Dosimetria, os manifestantes também colocaram a PEC da Reforma Administrativa no centro do debate.
Para a suplente de deputada estadual, Graciele Marques, a professora Graciele, toda política nacional influencia a vida das pessoas e muita gente tem dificuldade de entender isso.
“É importante mostrar o quando essa PEC influencia na vida das pessoas, inclusive naquelas que não são servidoras públicas. Então, é preciso trazer essa pauta e fazer o enfrentamento necessário”, destacou, alertando que a pauta não é da esquerda, nem mesmo da direita.
“Temos trabalhadores dos dois lados. Essas pautas influenciam a vida das pessoas dos dois lados, todo mundo precisa do serviço público – seja educação, saúde, segurança. Todos os servidores devem ser valorizados”, explicou.
VOTAÇÃO NA QUARTA
O PL da Dosimetria, já aprovado na Câmara, passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal às 9h de quarta-feira (17). A proposta altera regras de cumprimento da prisão e pode reduzir as penas de criminosos condenados por atentar contra a democracia, como é o caso de Jair Bolsonaro e alguns de seus aliados e apoiadores.
Após passar pela CCJ, o texto será votado no plenário.
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