Garcia se divide entre candidatura e presidência do novo partido

Oficializada a fusão do Democratas (DEM) com o Partido Social Liberal (PSL), o então presidente estadual do DEM, Fábio Garcia, ainda segue dividido em assumir uma candidatura a deputado federal ou comandar a nova legenda, União Brasil.

Apesar do desejo de encabeçar o projeto político rumo à Câmara de Deputados, Garcia afirma que poderá recuar de sua própria candidatura ou encontrar um "meio termo" com seu grupo político. "Estou na incubuência como presidente do Democratas, não sou presidente do União Brasil ainda e isso vai ser uma questão a ser discutida lá na frente. Se for dada a incumbência de ser presidente, eu serei", disse.

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Apesar de ter a simpatia de seus correligionários, os democratas 'raiz' já apresentam resistência ao nome de Garcia na condição de candidato e presidente da legenda. Entre eles, o senador Jayme Campos, que justifica que os trabalhos à frente da sigla poderiam ‘prejudicar’ o ex-parlamentar na tentativa de buscar uma cadeira no Congresso Nacional.

Além disso, a situação poderia impactar na estruturação da legenda, que terá o maior fundo eleitoral e partidário, bem como tempo de televisão neste ano. Garcia, por sua vez, não concorda com a opinião de seu correligionário e insiste na tese de que seria possível conciliar os dois projetos em paralelo.

"O Bezerra é presidente do MDB, ele é candidato a deputado federal e pode conciliar isso. No PSD, Fávaro foi candidato a senador e conciliou isso. Tem também os deputados estaduais que são presidentes de partido e são candidatos", rebateu.

O registro do União Brasil foi oficializado pelo Tribunal Superior Federal (TSE) nesta terça-feira (8). Segundo Garcia, o projeto principal da legenda segue sendo a eventual reeleição do governador Mauro Mendes (DEM).

"O projeto maior do União Brasil é a reeleição do governador Mauro Mendes, independente de qualquer projeto pessoal. Tanto é que em 2018 eu deixei a pré-candidatura a reeleição em prol do nosso grupo político", finalizou.