orçamento superficial 10.10.2025 | 11h11
redacao@gazetadigital.com.br
Fred Moraes
O presidente da Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Carlos Avallone (PSDB), afirmou que o governo Mauro Mendes (União) subestima orçamento mais que gestões anteriores. A declaração foi dada durante entrevista nesta quarta-feira (8), ao comentar o início das discussões sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026.
O parlamentar enfatizou que a prática de prever receitas abaixo da realidade acaba gerando distorções e reduzindo o controle do Legislativo sobre os recursos. “Mais uma vez, o orçamento vem subestimado. Isso vai ser uma discussão intensa nos próximos meses. Todo ano é assim, mas no governo Mauro Mendes é ainda mais subestimado que nos outros”, criticou.
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Conforme noticiou o , a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) decidiu segurar a tramitação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2026 em resposta ao governo, demonstrando seu descontentamento em alguns pontos, que vão desde a demora no pagamento das emendas parlamentares, bem como o valor do próprio orçamento que para os deputados está subestimado em cerca de R$ 5 bilhões.
Atualmente, a legislação permite ao Poder Executivo movimentar até 20% das receitas do Estado sem prévia aprovação da ALMT. Esse percentual também impacta diretamente as emendas parlamentares.
Avallone destacou que, diante da alta arrecadação estadual, é necessário impor limites e garantir que eventuais sobras passem pelo crivo da Assembleia. “Nós temos que discutir o limite dessa subestimação e, principalmente, fazer com que o excesso de arrecadação passe pela Assembleia, para que se decida onde será aplicado. Não dá para o governo brincar com R$ 5 bilhões de diferença”, afirmou.
Emendas parlamentares em disputa
Durante a entrevista, o deputado também abordou a demora no pagamento das emendas impositivas, alvo recorrente de reclamações entre os parlamentares. Avallone reconheceu a insatisfação, mas ponderou que o governo costuma justificar os atrasos com o argumento de que o orçamento deve ser executado ao longo de todo o ano.
“Todos os deputados querem que o recurso chegue logo aos municípios, principalmente na saúde, mas o governo segura para equilibrar o orçamento. O problema é que há deputados com liberação muito abaixo de outros, o que gera insatisfação e críticas de tratamento desigual”, disse.
Apesar de considerar a situação “natural” dentro de uma gestão orçamentária, o tucano admitiu que a questão ganhou contornos políticos. “Já houve casos em que ficou claro que quem faz oposição tem mais dificuldade de receber as emendas. Eu não concordo, mas é uma decisão que já se tornou pública”, concluiu.
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