poço sem fundo 15.05.2025 | 11h27
allan@gazetadigital.com.br
Divulgação
Inquérito da Polícia Civil e do Ministério Público de Mato Grosso (MPE) apontam indícios de que políticos eleitos em Cuiabá e Várzea Grande mantinham vínculos com empresários investigados por fraudar contratos na Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat). O esquema culminou na Operação Poço Sem Fundo, deflagrada na quinta-feira (8) para apurar um desvio de R$ 22 milhões na autarquia. Os nomes seguem sob sigilos.
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De acordo com o documento judicial que embasa a operação, houve movimentações financeiras atípicas entre sócios das empresas investigadas e autoridades, o que apontou suspeitas de interferência nos contratos milionários de perfuração de poços artesianos entre 2020 e 2023.
“A análise das movimentações atípicas indicadas no Relatório de Inteligência Financeira do COAF revelou a existência de saques em espécie [...] entre estas pessoas jurídicas e/ou seus sócios com políticos eleitos no município de Cuiabá e Várzea Grande”, registra a decisão judicial que autorizou as buscas e apreensões”, disse.
Conforme noticiou o , entre os alvos da investigação estão o atual diretor-administrativo da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) e ex-deputado, Wagner Ramos, o diretor-técnico Francisco Holanildo Silva Lima e o ex-presidente do órgão, Juliano Jorge Boraczynsk.
A Controladoria Geral do Estado (CGE) havia apontado que algumas empresas receberam pagamentos mesmo sem executar os serviços contratados. Em alguns casos, poços foram perfurados em locais urbanos, em fazendas particulares e até em garimpos — contrariando completamente o objetivo do programa, que era abastecer comunidades rurais carentes.
A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) apontou que a existência de transações suspeitas sugeriu que a estrutura criminosa pode ter se beneficiado do apoio de agentes públicos externos à Metamat, possivelmente para garantir a manutenção dos contratos e a liberação de pagamentos.
“A investigação identificou, também, movimentações financeiras atípicas entre os sócios-administradores das empresas contratadas, parentes de ocupantes de cargos de direção na Metamat e políticos, indicando a possível prática de lavagem de capitais”, pontua outro trecho da decisão.
Apesar dos nomes dos políticos ainda estarem sob sigilo, os investigadores afirmam que os vínculos financeiros e familiares revelados até o momento “exigem aprofundamento imediato” e que a rede de favorecimento pode ser maior do que se imagina.
“A complexidade dos fatos e a intrincada teia de relações estabelecidas entre os agentes envolvidos torna provável o envolvimento de outros indivíduos, bem como a possibilidade de que os ilícitos apurados estejam inseridos em um contexto ainda maior de desvio de dinheiro público”, pontua.
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Paulo - 15/05/2025
Só maracutaia, entra na política com o objetivo de roubar, cadeia neles
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