CONVERSA COM A ESQUERDA 16.02.2022 | 07h16

allan@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
Deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), não anda muito contente com a aproximação de seu grupo político a partidos de centro-esquerda e desaprova a aliança que lideranças da legenda buscam construir para as eleições de 2022 junto ao agronegócio.
Ao comentar sobre as articulações nesta terça-feira (15), o parlamentar afirmou que dificilmente representantes do setor vão querer embarcar em candidaturas que estejam no palanque do ex-presidente Lula e alertou que pretende seguir um caminho independente caso as movimentações se concretizem.
"Eu não vejo essa união com o agronegócio. Tem uma ala que é bolsonarista ao extremo que eu acho até exagero. Já outros querem falar com o presidente Lula. Pra mim, a história da esquerda não deixou saudades no Brasil e cabe a nós cidadãos avaliar o que vem ocorrer nos países vizinhos onde o socialismo predomina. Não desejo isso pra mim, pra minha família e muito menos para a população", disparou.
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A insatisfação de Nininho tem como pano de fundo o encontro, realizado em janeiro, que contou com a presença do ex-presidente Lula, empresários do setor produtivo, deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária e diversos nomes ligados à Confederação Nacional da Agricultura.
Já na última terça-feira (8), Lula se reuniu com diversas lideranças mato-grossenses para discutir a conjuntura atual do país e apresentar o projeto petista para o Brasil. O próprio presidente do PSD, senador Cárlos Fávaro, manifestou que não vê objeções no diálogo.
Entrentanto, o parlamentar, que tem uma relação muito forte com esse grupo, criticou as movimentações. "Precisamos ter responsabilidade. É preciso desapegar da vaidade e da facilidade de que é mais fácil de eleger na esquerda. Nós somos realista e temos que ver o que o realmente poderá acontecer com a nossa população", acrescentou.
Por fim, o parlamentar defendeu a necessidade de uma terceira via para quebrar a polarização travada entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, essa opção alternativa poderia ser o governador do Rio Grande de Sul, Eduardo Leite (PSDB), que cogita uma possível migração ao PSD para encabeçar a disputa a presidência.
"Eu estou torcendo para que haja uma terceira via. Apesar de muitos acharem que não tem tempo e que é tarde, mas não é. Temos o governador Eduardo Leite, que se for convecido a vir para o PSD, poderá ser nosso candidato à presidência da República", finalizou.
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