Paccola diz que fará sua própria defesa e convoca apoiadores

O vereador Marcos Paccola (Republicanos) anunciou que ele mesmo fará a sua defesa durante a sessão extraordinária da Câmara Municipal de Cuiabá nessa quarta-feira (5), que votará pedido de cassação contra ele por quebra de decoro parlamentar.  

Segundo ele, a defesa será técnica dentro do processo, mesmo achando que o pedido de cassação tem viés mais político do que jurídico.  "A minha defesa será baseada nas questões jurídicas, técnicas, e peço que cada um de vocês votem de acordo com a própria consciência, que não seja por pressão popular, midiática. E o que cada um decidir por aqui, não vou guardar mágoa ou revanchismo. Eu sei que esse julgamento é política, por isso abro mão de trazer advogados", disse Paccola nesta terça-feira (4).  

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Paccola também convocou todos os seus apoiadores para comparecer na Câmara nesta quarta.   A convocação foi feita nessa segunda-feira (3) pelo presidente da Casa, Juca do Guaraná (MDB). "O presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Juca do Guaraná Filho, convoca Vossa Excelência para participar de ses são extraordinária que será realizada dia 05 do corrente mês, quarta feira, a partir da 9 horas no Plenário das Delibe rações, para apreciação do processo ético, que dispõe sobre a perda do mandato do vere ador Marcos Paccola", diz o documento.  

A convocação ocorreu após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ter solicitado que o vereador Marcos Paccola fosse comunicado do parecer da Comissão de Ética que foi pela sua cassação.  Diante disso, a Mesa Diretora cancelou a sessão extraordinária chamada na semana passada para votar a cassação.  

O caso  

Alexandre Miyagawa foi assassinado com 3 tiros disparos por Paccola em julho deste ano. Na versão do vereador, o agente estava com a arma na mão e se virou na direção do parlamentar, que supostamente teria agido para defender a namorada da vítima de suposta violência.      

Com o assassinato, Paccola se tornou réu pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá, coordenada pelo juiz Flávio Miraglia, que acolheu denúncia do Ministério Público contra o vereador por homicídio qualificado. Na mesma decisão, o juiz determinou que fosse recolhida a arma de Paccola.