'CUNHO PESSOAL' 02.12.2020 | 10h04
yuri@gazetadigital.com.br
Divulgação
Procurador geral da Prefeitura de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), Ivan Schneider, classificou que associar a prisão do secretário de Governo, Jaime Dalastra, com o município, foi ‘equivocada e precipitada’. Segundo ele, não há nenhuma ligação entre a prefeitura e a atitude do secretário, que é irmão da prefeita da cidade, Rosana Martinelli. Ele foi preso na terça-feira (1), após furtar fresado – resíduos de asfalto da concessionária Rota do Oeste e levar para a fazenda da irmã.
Decisão judicial deu liberdade ao secretário. Em coletiva de imprensa, o procurador geral de Sinop, Ivan Schneider, afirmou que o boletim de ocorrência, nem mesmo o depoimento dos envolvidos, cita qualquer ligação do furto com a prefeitura.
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“Foi prematura já que antes da conclusão do depoimento dos envolvidos, já foi divulgada várias informações atribuindo o caso à prefeitura. Como se os caminhões, os motoristas fossem do município, o que não é”.
Ou seja, segundo o procurador, fora o fato do suspeito preso ser secretário municipal, irmã da prefeita e o fresado ter sido encontrado na fazenda da prefeita, “não há nenhum vínculo com a administração pública” e por isso, sua manifestação é apenas sobre as ações envolvendo a prefeitura.
Oficio com a Rota
Ivan afirma que há apenas um ofício entre a prefeitura e concessionária solicitando fresado, mas as tratativas entre as duas partes não foram finalizadas e não há autorização para que o município tire os produtos de lá.
Decisão judicial tirou o secretário da prisão na madrugada desta quarta, alegando que “no contexto a prisão em flagrante está escorada em fundamento inidôneo, tendo em vista um crime que envolve bem público, quando não existe bem público atingido, configurando ser inidôneo”, afirmou o procurador.
Por isso, Ivan acredita que o único fato que envolve a administração da prefeitura Rosana é o personagem do fato, o secretário Jaime. “No que se refere ao posicionamento do secretário, de cunho pessoal, é conduzido pelo seu advogado e por ele mesmo, que já está em liberdade”, disse.
Para saber o motivo das ‘tratativas privadas’, como ele nomeou o furto, o procurador pediu para que a imprensa procure a defesa particular de Jaime.
O caso
Rota informou em nota que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi responsável pelo flagrante. Caminhão estava carregando o fresado armazenado às margens da BR-163, e conduziu o caso junto à Polícia Civil.
"Por fim, é importante pontuar que a empresa utiliza parte do fresado na composição da massa asfáltica para recuperação do pavimento, a exemplo do que tem sido feito na BR-364 em Jangada e Rosário Oeste, e o restante é doado para entidades públicas que se comprometem em utilizar o material em locais públicos e em beneficio da sociedade", finaliza a nota.
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