Secretário de Educação nega 'caos' na atribuição de aulas

Mesmo com reclamações de falta de professores na rede estadual em várias cidades, o secretário estadual de Educação, Alan Porto negou o "caos" na atribuição de aulas on-line. Em audiência pública realizada nesta quinta-feira (24), Porto disse "desconhecer" problemas no processo.

Ainda em 2020 a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) realizou um processo seletivo para contratar professores, técnicos e apoios escolares. Os classificados no seletivo deveriam participar de uma atribuição de cargos, ou seja, escolher o local de trabalho e as horas para o contrato pela internet. No entanto, o processo de atribuição teve vários problemas e várias escolas estão sem docentes, agentes de pátio e porteiros.

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Enquanto o secretário negava os problemas, dezenas de comentários na transmissão da audiência pública mostravam uma realidade diferente da apresentada por Alan Porto. Entre os comentários, profissionais aprovados que não conseguiram atribuir aulas, chamamento de profissionais fora da ordem de aprovação, além da falta de auxiliares para acompanhar alunos com deficiências.

"Não é verdade o colapso na atribuição. Temos 62% dos nossos profissionais efetivos, isso corresponde a 19.287 pessoas entre professores, técnicos e apoio. E temos 38% de contratos temporários, que são 12.196 profissionais. Hoje temos 98% das nossas turmas atribuídas [com professores]", argumentou o secretário.

Segundo Porto, os 2% que ainda faltam contratar são de vagas em escolas do campo, onde a dificuldade é maior para se encontrar profissionais, que muitas vezes têm que se deslocar da zona urbana para atender essas unidades.

"Além do problema da disponibilidade dos profissionais para se deslocar para as escolas do campo, também temos muitos professores com afastamento de 5 dias por causa da pandemia", esclareceu o secretário.