Vídeo - 'Agressor de mulher deveria ser enforcado em praça', declara senador

Diante da escalada dos brutais assassinatos de mulheres em Mato Grosso, o senador Jayme Campos (União) usou a tribuna do Senado para cobrar endurecimento de penas e políticas públicas urgentes contra feminicidas. Para o senador, mesmo com a pena para o crime elevada a 40 anos, ainda é insuficiente para conter o avanço da violência contra a mulher. 

Em seu discurso, Jayme defendeu que agressores sejam punidos exemplarmente e chegou a sugerir o enforcamento em praça pública, pena de morte aplicada no país até 1876.

“Homem que agride mulher deveria ser enforcado em praça pública. Infelizmente, o Brasil não tem essa le, as penas nossas aqui são muito brandas para essas pessoas que certamente são covardes. Qualquer cidadão que agride mulher é um covarde, é indigno”, disparou.

O senador afirma que tem protocolado diversos projetos de lei para enfrentamento à violência doméstica e fez um apelo para celeridade legislativa. Ele citou como exemplo o projeto que prevê a implantação do Fundo Nacional de Amparo às Mulheres Agredidas (FNAMA), que está em tramitação há 13 anos. Neste momento, aguarda por votação na Câmara dos Deputados, após ter sido aprovado pelo Senado.

“Estou trabalhando de forma incansável na construção de caminhos legislativos para endurecer leis e ampliar a rede de proteção feminina. O feminicídio é uma chaga que afeta o Brasil, precisa ser combatido com pulso firme e determinação pelo Poder Público. Segundo o mapa da Segurança Pública, 4 mulheres são assassinadas por dia, um dado preocupante, que nos envergonha enquanto sociedade. Não podemos, em hipótese alguma, naturalizar a violência contra mulheres", finalizou.

Nas últimas duas semanas, duas mulheres tiveram suas vidas ceifadas brutalmente em Mato Grosso. Em 16 de agosto, uma mulher de 23 anos foi morta, baleada, no bairro Carrapicho, em Várzea Grande. A vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O suspeito de cometer o crime é o próprio ex-marido, que segue foragido, Rogério Ferreira de Souza.

No último dia 24, a fonoaudióloga, Ana Paula Abreu, 33, foi morta esfaqueada 20 vezes pelo marido, Lucas França. A vítima morreu dentro de casa.