eleições 2022 11.12.2021 | 08h00
João Vieira
                        
        
            
    
        De saída do PSDB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin disse a aliados que não quer ser um ‘peso‘ para nenhum partido e estuda, agora, a possibilidade de migrar para o Solidariedade, a fim de fazer dobradinha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Alckmin ainda negocia com o PSB, mas as exigências feitas pela legenda para aceitá-lo como vice na chapa de Lula ao Palácio do Planalto têm provocado mal-estar antes mesmo do casamento de papel passado.
A filiação ao Solidariedade surgiu como alternativa e vem sendo tratada com sigilo. Após participar nesta quarta-feira do 9º Congresso da Força Sindical - braço do Solidariedade -, Lula foi questionado por antigos companheiros de sindicalismo, a portas fechadas, se a aliança com Alckmin para 2022 era mesmo um desejo a ser perseguido.
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‘Ele foi bom governador em São Paulo e compor chapa com ele será bom para o Brasil. Continuem articulando. Eu quero‘, respondeu o ex-presidente, de acordo com relatos de três participantes do encontro.
Cinco dias antes, na sexta-feira, Lula havia se reunido com Alckmin na casa do ex-secretário Gabriel Chalita, em São Paulo, com a presença do ex-prefeito Fernando Haddad, pré-candidato do PT ao governo paulista. A conversa, como não poderia deixar de ser, passou por ácidas críticas ao governo de Jair Bolsonaro. Nessas ocasiões, Lula só poupa o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, por quem tem simpatia.
O PT já começou a montar a coordenação da campanha. O publicitário baiano Raul Rabelo, que em 2018 assinou o programa de TV de Haddad, ao lado de Otávio Antunes, é agora o nome mais cotado para ser o marqueteiro de Lula.
Interessado em ser vice na chapa, Alckmin tem dito que o PSB jogou à mesa exigências muito difíceis para fechar o acordo. O partido quer, por exemplo, que o PT apoie seus candidatos aos governos de São Paulo, Rio, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Acre. A cúpula petista já avisou o PSB que não aceita abrir mão de Haddad em São Paulo.
Diante dos obstáculos, amigos de Alckmin começaram a pressioná-lo para desistir da dobradinha com Lula e disputar o Palácio dos Bandeirantes pelo PSD de Gilberto Kassab. Ele ainda resiste.
Impasse
Foi nesse cenário de impasse que o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) deu ao colega Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, a ideia de convidar Alckmin para se filiar. Lula incentivou o movimento. ‘Eu já tinha chamado o Alckmin lá atrás. Reafirmei agora o convite para ele entrar no Solidariedade, com o objetivo de ser candidato a vice do Lula. Se ele quiser, vou trabalhar para isso‘, disse Paulinho ao Estadão/Broadcast.
A entrada de Alckmin como candidato a vice, porém, está longe de ser unanimidade no PT. ‘Para uma campanha aguerrida como a que será a de 2022, vamos ter um anestesista como vice?‘, ironizou o deputado Rui Falcão (SP), ex-presidente do PT, numa referência à profissão do ex-governador. ‘O que Alckmin vai representar nessa malsinada aliança? Por acaso agora ele vai ser contra as privatizações?‘, emendou Falcão, que integra a coordenação da campanha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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