Palácio da Alvorada 20.09.2025 | 11h17
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O ministro do Turismo, Celso Sabino, decidiu nesta sexta-feira (19) pedir demissão do cargo e deixar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão ocorre após o partido de Sabino, o União Brasil, determinar, nessa quinta (18), que todos os filiados deixassem a gestão petista em até 24 horas.
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A saída do ministro foi anunciada por ele a Lula durante reunião na tarde desta sexta, no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência.
Sabino está à frente do ministério desde julho de 2023, quando substituiu Daniela Carneiro (leia mais abaixo).
Nessa quinta, o União Brasil aprovou, por unanimidade, uma resolução que dava 24 horas para que filiados ao partido deixassem cargos no governo. Atualmente, a sigla tem três ministros na gestão petista — além de Sabino, Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira (Comunicações).
Góes, oficialmente, é do PDT. Contudo, a indicação dele foi feita a Lula pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), uma das principais lideranças do partido. Siqueira, embora não seja filiado ao União, também foi apresentado ao petista por Alcolumbre.
Nesta sexta, Waldez e Siqueira confirmaram à RECORD que permanecem no governo.
A determinação do União prevê punições em caso de descumprimento, sob a justificativa de infidelidade partidária. O posicionamento reforça decisão do início do mês, quando a federação formada por União e PP deixaram a base de Lula.
À época dessa primeira ordem, Sabino afirmou que seguia com o presidente, “apoiando iniciativas que geram emprego, renda e oportunidades para o povo”. A publicação nos canais digitais, no entanto, não citou a determinação das legendas — Sabino usou o post para comentar ações recentes à frente do ministério.
Mudanças na Esplanada
O ministro do Turismo será o 11º titular a sair da gestão petista. O primeiro nome a deixar o governo foi Gonçalves Dias, em abril de 2023. Ele chefiava o GSI e pediu demissão após imagens do circuito de segurança do Palácio do Planalto mostrarem que ele estava no prédio quando a sede do Executivo foi palco de atos de vandalismo em 8 de janeiro daquele ano.
Em julho do mesmo ano, a então ministra do Turismo, Daniela Carneiro, entregou o cargo, após disputas internas no partido do qual faz parte, o União Brasil. Ela, que é deputada federal, retornou à Câmara e é vice-líder do governo no Congresso.
Dois meses depois, foi a vez de Lula demitir Ana Moser, que comandava o Ministério do Esporte. A decisão do presidente fez parte de um movimento para aumentar o espaço do centrão no governo federal. A pasta do Esporte foi entregue ao PP.
Na mesma tacada, o petista deu o Ministério dos Portos e Aeroportos ao Republicanos e criou mais uma pasta federal na Esplanada, o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para acomodar Márcio França, que estava à frente de Portos e Aeroportos.
Em fevereiro de 2024, Flávio Dino deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública para assumir uma vaga no STF. Ele foi substituído por Ricardo Lewandowski. Em setembro do mesmo ano, Sílvio Almeida foi demitido por Lula depois de denúncias de assédio sexual.
Paulo Pimenta, que comandava a Secom (Secretaria de Comunicação da presidência) saiu do governo em janeiro de 2025, após críticas de Lula à condução da comunicação do Executivo. Ele foi substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira, responsável pela campanha eleitoral do presidente em 2022.
Em fevereiro deste ano, o petista demitiu Nísia Trindade do Ministério da Saúde e indicou Alexandre Padilha para substituí-la. Ele era o titular das Relações Institucionais e, com a ida para a Saúde, a pasta responsável pela articulação política do governo com o Legislativo foi assumida por Gleisi Hoffmann.
Em maio, houve duas baixas na Esplanada. Carlos Lupi pediu demissão da Previdência Social em meio ao escândalo das fraudes em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Ele foi substituído por Wolney Queiroz, que era secretário-executivo do ministério desde o início da gestão.
Dias depois, Lula demitiu a então ministra das Mulheres Cida Gonçalves, após insatisfações do petista com a condução da pasta e denúncias de assédio moral. No lugar de Cida, Lula nomeou Márcia Lopes.
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