Publicidade

Cuiabá, Sexta-feira 19/12/2025

Política Nacional - A | + A

cpi da covid 21.07.2021 | 08h28

CPI da Covid cria 7 ’núcleos’ para acelerar investigação

Facebook Print google plus

Foto: Bharat Biotech/Divulgação

Foto: Bharat Biotech/Divulgação

A CPI da Covid dividiu a investigação sobre suposta omissão e corrupção do governo federal na pandemia em subgrupos. Em reunião, os senadores entenderam que os documentos referentes a cada assunto serão apurados por sete núcleos.


A ‘força-tarefa‘ da CPI conta com o reforço das senadoras Simone Tebet (MDB-MS) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), que não são titulares da comissão, mas têm comparecendo aos depoimentos e acompanhando as investigações. A ideia é que os núcleos ajudem a estruturar um material consistente, baseado nos documentos recebidos, para auxiliar na produção do relatório final, do relator Renan Calheiros (MDB-AL).

 

A compra da vacina indiana Covaxin vai ser apurada por um dos grupos por suspeita de corrupção na negociação. O Ministério da Saúde fechou contrato com a empresa Precisa Medicamentos e com a farmacêutica indiana Bharat Biotech, em 25 de fevereiro, para adquirir 20 milhões de doses por R$ 1,6 bilhão.

 

Leia também - STF prorroga inquérito sobre suposta interferência na Polícia Federal

 

O contrato da compra do imunizante foi suspenso em 29 de junho pela pasta, após recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU). Cada dose da vacina custaria US$ 15, preço mais caro dentre os imunizantes comprados no País. O valor do contrato ainda não foi pago, mas foi empenhado (reservado).

 

Outro núcleo vai investigar a atuação de intermediários na compra de vacinas. Essa frente de apuração ficará com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.

 

Outro grupo vai mirar nas denúncias feitas pelo ex-governador do Rio Wilson Witzel, sobre possíveis irregularidades na administração de hospitais federais fluminenses. Essa parte da investigação, que vai avaliar contratos e vínculos de organizações sociais com os hospitais, ficará a cargo do senador Humberto Costa (PT-PE).

 

Witzel falou à CPI em 16 de junho. No depoimento, disse que os hospitais do Rio tinham ‘um dono‘. ‘Os hospitais federais, os hospitais federais são intocáveis, ninguém mexe ali. Tem um dono, e esta CPI pode descobrir quem é o dono daqueles hospitais federais‘, declarou na ocasião.

 

Costa também ficará com a investigação sobre os ganhos milionários de farmacêuticas com a venda de medicamentos com ineficácia comprovada contra a covid. Remédios como cloroquina e ivermectina compõem o tratamento precoce contra a doença e são incentivados pelo presidente Jair Bolsonaro. A CPI quer saber quem faturou com a venda desses medicamentos.

 

Outra linha de investigação vai focar no negacionismo do governo federal no enfrentamento da pandemia e na propagação de fake news. Estes temas ficarão a cargo do relator do colegiado, Renan Calheiros, e do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

 

A CPI já identificou 68 perfis em redes sociais como Instagram e Twitter e, agora, vai atrás dos donos. A investigação aponta que contas se dedicavam a compartilhar fake news sobre o tratamento da covid.

 

Os senadores estão apurando também palestras sobre a doença financiadas pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio da Fundação Alexandre Gusmão. Um dos vídeos, que acabou sendo removido pelo YouTube, falava sobre a ‘nocividade do uso de máscaras‘.

 

Parte da apuração é também seguir o caminho do dinheiro das fake news e mapear os pagamentos da Secretaria de Comunicação para agências de publicidade e, em seguida, para pessoas e influenciadores que faziam campanha pela cloroquina e contra a vacina e incentivavam a população a ir para as ruas, contrariando as orientações de isolamento social.

 

Outro núcleo, do qual a senadora Eliziane Gama fará parte, vai investigar as novas denúncias de corrupção envolvendo a empresa VTCLog, atual encarregada da logística do Ministério da Saúde para a entrega de vacinas. A CPI apura se os contratos fechados pela empresa foram superfaturados.

 

O senador Otto Alencar (PSD-BA) ficou responsável por um subgrupo que vai apurar o aplicativo TrateCov, lançado pelo Ministério da Saúde para orientar o enfrentamento da covid-19 com antibióticos, cloroquina, ivermectina e outros fármacos; a omissão e a negligência na compra de vacinas; e o estímulo à imunidade de rebanho ou coletiva e a crise do oxigênio em Manaus, em janeiro. O senador também vai apurar o negacionismo na pandemia.

 

Dados

 

A investigação da CPI tem a ajuda ainda de policiais federais, que estão auxiliando no cruzamento de dados e no mapeamento de relações entre os alvos. O período de recesso da CPI vai ser aproveitado pelos núcleos para acelerar a apuração dos senadores. Os subgrupos terão suas frentes de investigação, mas poderão contribuir uns com os outros.

No domingo, Bolsonaro voltou a negar irregularidades na compra de vacinas por parte do Ministério da Saúde e defendeu a atuação do ex-ministro Eduardo Pazuello.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Você concorda em manter políticos que estão fora do país no cargo?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Sexta-feira, 19/12/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.