encontro 03.09.2025 | 14h55
Joédson Alves/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em meio ao desembarque do governo do União Brasil e PP, almoça com alguns ministros das siglas e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) nesta quarta-feira (3). O governo federal, no entanto, nega que o encontro tenha sido marcado devido ao rompimento das siglas com o Executivo. A saída dos partidos da base do Planalto foi anunciada nesta terça-feira (2) pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI).
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Segundo a comunicação de Lula, no entanto, o almoço faz parte de mais um dos encontros do presidente com alguns partidos e não é motivado pela decisão das siglas. Até o momento, Lula já se reuniu com filiados do PT, PSD, MDB e Republicanos, por exemplo, em encontros de alinhamento.
Na reunião desta quarta-feira estarão presentes o ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA); do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; e das Comunicações, Frederico Siqueira. Também estará presente a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
O anúncio de ontem do PP e União Brasil afeta diretamente Celso Sabino e André Fufuca (ministro do Esporte), pois eles são filiados aos partidos. Contudo, a medida também pode atingir Waldez Góes e Frederico Siqueira, que foram apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e são tecnicamente indicações do União Brasil.
Entenda
O União Brasil e o PP (Progressistas) decidiram nesta terça-feira (2) deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mandaram dois ministros filiados aos partidos saírem dos cargos. A decisão prevê penalidades para quem não cumprir as regras.
A decisão das legendas vale para os ministros que foram eleitos para o Congresso nas eleições de 2022 e se licenciaram das funções parlamentares para integrar a Esplanada dos Ministérios: os ministros do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), e do Esporte, André Fufuca (PP).
O prazo de saída será até 30 de setembro. Sob reserva, representantes dos partidos confirmaram à reportagem que os ministros já foram avisados da decisão e que não houve reunião para tentar reverter o cenário no Planalto.
Os partidos estão à frente de outros dois ministérios — Ministério das Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho, e Ministério do Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes. No entanto, como ambos foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não devem ser obrigados a renunciar.
Contudo, a determinação dos partidos também será aplicada a outros cargos na administração federal. “Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal”, anunciou o presidente do União, Antonio Rueda.
“Em caso de descumprimento desta determinação, se dirigentes desta federação em seus estados, haverá o afastamento em ato contínuo. Se a permanência persistir, serão adotadas as punições disciplinares previstas no estatuto”, acrescentou.
“Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”, concluiu Rueda.
Cobrança de Lula motivou decisão
Desde o primeiro semestre, os dois partidos avaliavam se deveriam sair do governo, mas o debate foi acelerado após uma cobrança do presidente Lula pela falta de defesa do Planalto em agendas públicas por parte das legendas.
A cobrança do presidente, que causou mal-estar entre alguns titulares, ocorreu depois do evento que formalizou uma federação partidária entre as duas siglas com críticas ao governo e da derrota do Executivo com a instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que vai apurar as fraudes no INSS.
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