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depoimento à comissão 27.09.2023 | 08h27

'Há elementos muito fortes' para indiciar o general Heleno; diz relatora da CPMI do 8 de Janeiro

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Geraldo Magela / Agência Senado

Geraldo Magela / Agência Senado

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou ao R7 que “há elementos muito fortes” para indiciar o general da reserva Augusto Heleno ao final dos trabalhos. O militar prestou depoimento à comissão, ocasião em que, segundo a relatora, o depoente “se contradisse e mentiu”.


Heleno foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em depoimento à CPMI, nesta terça-feira (26), ele negou ter agido de forma política e ter deixado um “DNA bolsonarista” na pasta. O militar também afirmou não ter atuado em nenhuma manifestação antidemocrática nem saber da existência de uma minuta de golpe de Estado.

 

Leia também - General Heleno chama de 'fantasia' delação de Mauro Cid sobre tentativa de golpe de Bolsonaro


Na avaliação da relatora, a oitiva fortalece o entendimento de que há, por parte do general, “uma complacência em relação aos atos que ocorreram no 8 de Janeiro”. Eliziane ressaltou que o general voltou atrás quanto a opiniões sobre o resultado das eleições e quanto à presença do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em reuniões com o comando das Forças Armadas. "Fizemos cruzamento de informações durante a oitiva", disse a relatora.


O general chegou a chamar de "fantasia" a participação de Cid em encontros entre Bolsonaro e comandantes das Forças Armadas. No entanto, uma foto mostra a presença do ex-ajudante de ordens em uma dessas reuniões. Com a revelação, Heleno afirmou que Cid não se sentava à mesa e não participava ativamente das reuniões. “Ele não participa, não tem atuação nenhuma”, disse, admitindo, no entanto, ser “lógico” que o ex-ajudante de ordens conseguia escutar as falas.


Durante as perguntas de Eliziane, o depoente se irritou e chegou a xingar. “Ela fala as coisas que ela acha que está na minha cabeça. Por.. é para ficar p…, né?”, reclamou.

 

A irritação ocorreu em razão de provocações feitas durante as perguntas. Eliziane questionou se as eleições teriam sido fraudadas, e Heleno respondeu: “Já tem o resultado das eleições, já tem o novo presidente da República. Pô, não posso dizer que foram fraudadas”. A relatora ressaltou, então, que o general teria “mudado de ideia”.

 

Eliziane também alfinetou o depoente ao questioná-lo sobre o motivo de ter recebido manifestantes extremistas no gabinete pessoal. Segundo ela, a irritação ocorreu “porque claramente [o general Heleno] não consegue encarar uma realidade que está diante dele”.

 

Sobre os relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que relatam as possibilidades de manifestações extremistas ainda na gestão Bolsonaro, a senadora Eliziane afirma que o ex-GSI minimizou a importância dos documentos, o que pode ser usado contra ele no parecer final da relatora. “Não há, da parte dele, o nível de responsabilidade em relação a um órgão em que ele mesmo era líder, como ministro do GSI”, declarou.

 

Mesmo com direito a permanecer em silêncio — após decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF) —, o general Heleno respondeu aos questionamentos da relatora e de parte dos governistas. Além de negar envolvimento em qualquer ato extremista, ele alegou ter recebido manifestantes no gabinete dele "por uma questão de urbanidade e educação".

 

Afirmou, ainda, que a transição da equipe para a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi “muito bem-feita”, contradizendo o ex-ministro do GSI da gestão petista, general Gonçalves Dias, sobre não ter havido uma transição da pasta.

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