24.01.2015 | 19h15
Reprodução/Facebook![]() Protesto foi realizado em frente à Subprefeitura de VG |
A situação de abandono que Várzea Grande, o segundo maior município mato-grossense em termos populacionais, enfrenta, começa a motivar protestos por bairros da cidade contra o prefeito Walace Guimarães (PMDB). Um abaixo-assinado foi elaborado para coletar assinaturas de moradores que estão insatisfeitos com a atual gestão e exigem a saída do peemedebista. A insatisfação popular também respinga nos 21 vereadores do município.
No documento, os organizadores descrevem que a sociedade várzea-grandense elabora o abaixo-assinado para figurar no polo ativo de uma ação popular que pretendem impetrar na Justiça visando o “impeachment” do prefeito Walace, do vice-prefeito Wilton Coelho Pereira, o Wiltinho (PR) e de todos os vereadores da atual gestão. Os 21 parlamentares são citados nominalmente no documento.
Reprodução/Facebook![]() Abaixo assinado visa coletar milhares de assinaturas para 'derrubar' o prefeito e os 21 vereadores de VG |
Um ato de protesto foi realizado no Cristo Rei, na tarde desta sexta-feira (23) e reuniu dezenas de pessoas de bairros da região na Avenida Gonçalo Botelho de Campos. O local do protesto foi, estrategicamente, escolhido: a Subprefeitura de Várzea Grande, que está localizada no centro do Grande Cristo Rei. Nas fotografias feitas, chama atenção o fato de que os buracos também estão presentes na movimentada avenida, inclusive, em frente ao prédio da subprefeitura. O trânsito precisou ser desviado. Guardas municipais ficaram responsável por garantir a segurança no local do evento e controlar o tráfego de veículos nas proximidades.
Os moradores elencaram vários problemas que enfrentam diariamente. Em especial, a falta de infraestrutura como a falta de asfalto e ruas intransitáveis com muitos buracos que nesse período chuvoso acumulam água e oferecem perigo de acidentes para motoristas, pedestres e motociclistas e também riscos de doenças.
No protesto, os populares utilizaram cartazes com diversos enunciados. Alguns pediam um basta pelo “desprezo e migalhas” recebidos da atual gestão, outros pediam a saída do prefeito Walace. Também foram questionados o destino das verbas públicas destinadas a obras em Várzea Grande, os trabalhos do PAC 1 e PAC 2 e ainda em quais setores são aplicados recursos arrecadados com impostos do IPTU e IPVA.
Reprodução/Facebook![]() Moradores fizeram 'cotinha' para fazer milhares de cópias do abaixo-assinado contra Walace e os 21 vereadores |
Os participantes também fizeram uma “cotinha” com doações de dinheiro para fazer cópias do abaixo assinado que pretende arrecadar milhares de assinaturas exigindo a saída de Walace do comando de Várzea Grande. As imagens e vídeos do protesto foram publicadas em páginas do Facebook como a Buracos MT e compartilhadas por dezenas de pessoas e comunidades criadas no ambiente virtual para denunciar o descaso da atual gestão e exigir melhorias na cidade.
Problemas na Justiça e crise de imagem
Walace, que era deputado estadual, entrou na disputa pela prefeitura do município em 2012 se colocando como uma “nova opção” para Várzea Grande e com promessas de melhorias em áreas básicas como infraestrutura, educação e saúde. Até o momento não conseguiu dar uma resposta satisfatória à população que convive diariamente com ruas tomadas por buracos, falta de água em dezenas de bairros e um Pronto-Socorro que já foi comparado com um “campo de concentração”.
Reprodução/Facebook![]() Cartazes foram usados para mostrar a insatisfação diante da falta de serviços básicos |
Para complicar sua situação, ele é alvo de denúncias por realizar vários contratos sem licitação e também é réu num processo na Justiça Eleitoral sob acusação de compra de votos e caixa 2 nas eleições 2012. O gestor já sofreu várias decisões desfavoráveis na ação movida pelo Partido Democrata, na tentativa de não ter o sigilo fiscal e bancário quebrado para a Justiça juntar provas que confirmem ou descartem os crimes eleitorais pelos quais é acusado. Walace Guimarães também é investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Camaleão deflagrada em 18 de novembro de 2014.
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pedro da silva - 24/01/2015
Povo sem vergonha, vende o voto, não tem direito de reclamar. Essa cidade deveria, há muito tempo estar sobre o regime de intervenção federal devido a corrupção e bandalheira dos habitantes e políicos daquela currutela.
JOÃO - 24/01/2015
Já estava na hora da população várzea-grandense reagir a esta situação de abandono.
2 comentários