investigação 01.06.2021 | 08h43
Pablo Valadares
A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu nesta segunda-feira (31) à ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, pela abertura de investigação contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que teria atrapalhado a investigação de madeireiros enquadrados na maior apreensão de madeira ilegal da história da PF (Polícia Federal).
A PGR também pede pelo depoimento do presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, suspeito pelos crimes de facilitação de contrabando e advocacia administrativa, e dos agentes da Polícia Federal que participaram da apreensão recorde em 2020. A peça foi assinada pelo pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros.
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Salles foi citado em notícia-crime da PF enviada ao Supremo no mês passado, que gerou o pedido da PGR. No documento, o delegado Alexandre Saraiva apontou indícios de três crimes cometidos pelos políticos: dificultar fiscalização de questões ambientais; patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública; e integrar a suposta organização criminosa atingida pela operação. Salles e o senador negam as acusações.
Saraiva também defendeu a legalidade da operação e citou diversas críticas públicas e ações do ministro Salles contra a apreensão.
O ministro já é alvo de um inquérito no Supremo. No dia 19 de maio, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, autorizou operação Akuanduba, da PF, para cumprir 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Pará. Entre os alvos da ação, estiveram três endereços ligados a Salles.
Junto a outros 17 servidores do Ibama, o ministro teve ainda os sigilos fiscal e bancário quebrados. A investigação mirou funcionários da administração pública acusados de facilitar a exportação ilegal de madeira e visa apurar crimes contra a administração pública (corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando) praticados por servidores e empresários do ramo madeireiro.
Em resposta ao R7, o ministério do Meio Ambiente afirmou que a abertura da investigação "será uma boa oportunidade para esclarecer todos os fatos".
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