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sem 'juridiquês' 13.03.2025 | 08h25

Senado aprova uso da linguagem simples em órgãos públicos

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Reprodução/Agência Senado

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GD

O Senado aprovou nesta quarta-feira (12) um projeto de lei  que obriga todos os órgãos públicos do país a usarem linguagem simples para se comunicarem com a população. 

 

A linguagem simples já é praticada em vários países e tem por objetivo principal ajudar todos os cidadãos e cidadãs a encontrar, entender e usar informações publicadas por órgãos e entidades da administração pública.

 

O PL 6.256/2019, da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), teve voto favorável do relator, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), com mudanças. Agora, a proposta seguirá para revisão da Câmara dos Deputados.

 

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— O objetivo é garantir que a comunicação estatal seja sempre feita em linguagem clara, transparente, compreensível pelo cidadão médio brasileiro, fugindo de expressões demasiadamente técnicas (o famoso “juridiquês”) e garantindo que a gente tenha a democracia implementada de verdade — afirmou Alessandro Vieira no Plenário.

 

Clareza


O projeto cria a Política Nacional de Linguagem Simples para fazer com que os documentos oficiais do Executivo, Legislativo e Judiciário da União, de estados, municípios e do Distrito Federal tenham uma redação clara e acessível a todas as pessoas.

 

A ideia é evitar a linguagem cheia de formalidades e termos técnicos e de difícil compreensão e incentivar uma comunicação clara para facilitar o entendimento pela população.

 

— Nós precisamos nos comunicar com as pessoas e elas precisam compreender perfeitamente qual é a intenção do Poder Público em suas declarações e manifestações — afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), que presidiu a votação.

 

Cidadania


Para o relator, a mudança não é somente uma questão técnica, mas um compromisso ético e jurídico com a transparência, a equidade e a democracia.

 

Ele afirma que o projeto de lei busca “fortalecer o pleno e integral exercício da cidadania, facilitando a compreensão dos cidadãos, ao prever a utilização, nas comunicações oficiais, de elementos de linguagem simples, clara, direta e objetiva”. 

 

Transparência


A autora, por sua vez, argumenta que o uso da linguagem simples pode também reduzir custos administrativos e o tempo gasto com o atendimento ao cidadão, além de promover a transparência ativa e o acesso à informação pública de forma clara.

 

Erika Kokay diz ainda que a mudança vai facilitar a participação popular e o controle social e ajudar na compreensão de pessoas com deficiência.

 

Dicas


O projeto apresenta algumas técnicas e dicas para a escrita com linguagem simples:

 

- usar frases curtas, em ordem direta e na voz ativa


- desenvolver uma ideia por parágrafo


- usar palavras comuns, de fácil compreensão


- usar sinônimos de termos técnicos e de jargões ou explicá-los no próprio texto


- evitar palavras estrangeiras que não sejam de uso corrente

 

- não usar termos pejorativos


- escrever o nome completo antes das siglas


- organizar o texto de forma esquemática, com o uso de listas, tabelas e gráficos


- apresentar primeiro as informações mais importantes


- não usar novas formas de flexão de gênero e de número


- evitar frases intercaladas


- evitar o uso de substantivos no lugar de verbos


- evitar redundâncias, palavras desnecessárias ou  imprecisas


- Na comunicação oficial com comunidades indígenas, o projeto prevê que, sempre que possível, haverá uma versão do texto

 

- em língua portuguesa e uma versão em língua indígena dos destinatários.

 

Mudanças


O relator incluiu duas emendas ao texto da Câmara. Uma deixa claro que a linguagem simples será obrigatória em todos os Poderes da União, estados, DF e municípios.

 

Outra define que as pessoas com deficiência são público-alvo específico da linguagem, não apenas as pessoas com deficiência intelectual.

 

Foram retirados trechos aprovados na Câmara, como a obrigatoriedade de observância do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) na linguagem simples. Também foi retirada a exigência de elaboração de duas versões — uma original e outra em linguagem simples. 

 

Ele também retirou exceção aos municípios com menos de 50 mil habitantes, que seriam desobrigados do uso da linguagem simples. Assim, a obrigação passa a alcançar todos os municípios

 

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