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05.05.2025 | 11h53

A comunicação e a fisiognomia; da técnica à alma

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Sonia Mazetto

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Sim, eu conheço a comunicação do ponto de vista técnico: linguagem verbal, não verbal, factual, não factual. Estudei os conceitos clássicos, as teorias, os elementos que a vasta literatura apresenta sobre o tema. No entanto, algo mudou em mim a partir do momento em que passei a estudar a fisiognomia com mais profundidade, com o apoio da mentoria da fisiognomista Fátima Vieira, uma das maiores estudiosas do tema no país.Sim, eu conheço a comunicação do ponto de vista técnico: linguagem verbal, não verbal, factual, não factual. Estudei os conceitos clássicos, as teorias, os elementos que a vasta literatura apresenta sobre o tema. No entanto, algo mudou em mim a partir do momento em que passei a estudar a fisiognomia com mais profundidade, com o apoio da mentoria da fisiognomista Fátima Vieira, uma das maiores estudiosas do tema no país.


A fisiognomia, prática milenar que estuda os traços do rosto, cabelo, expressões, revelou-se inseparável da comunicação. A forma como alguém se apresenta fisicamente também comunica, e muito. Revela aquilo que a pessoa comunica da forma mais profunda, vai além da fala. É a linguagem da alma. E a alma, por sua natureza, não julga. É uma linguagem neutra, que nos convida a observar o outro com empatia, buscando entender como podemos contribuir com seu desenvolvimento.


A partir dessa compreensão, ficou claro que minha abordagem de comunicação não poderia mais se limitar à oratória. A oratória ainda é parte, mas não o todo. O que proponho agora é algo mais completo, algo que eu tenho chamado de “comunicação 3D” — uma comunicação para a vida, e não apenas para momentos pontuais.


Em uma palestra destinada a corretores, por exemplo, o foco foi a comunicação efetiva no ambiente profissional. Mas o que os participantes levaram, além das técnicas, foi a reflexão: “Quem sou eu como comunicador na minha vida cotidiana?”. Porque não se trata apenas de falar muito ou pouco, mas da postura diante da vida. O que eu comunico para o mundo? E para as pessoas ao meu redor?


Essa comunicação é ampla e se dá em diferentes dimensões. Ela se expressa de forma horizontal, entre nossos pares, com quem convivemos no mesmo nível. Mas também se manifesta de forma vertical: com os que estão acima de nós em hierarquia (os uplines), e com os que estão abaixo (os downlines). Entender isso muda tudo! Porque a comunicação com os uplines deve nos posicionar como pessoas capazes de estar no mesmo patamar. E com os downlines, nossa comunicação deve inspirar e impulsionar o crescimento dos outros.


Por isso digo: a comunicação vai muito além de "falar bem". É sobre ler o ambiente, prever possibilidades, e se preparar. Porque quando a gente se comunica bem com a gente mesmo, quando há um diálogo interno efetivo, não somos pegos de surpresa. Temos clareza emocional, estratégica e comportamental.


Como dizia Freud, o inconsciente de um ser se comunica com o inconsciente de outro, sem passar pelo consciente. Ou seja, mesmo que não percebamos, estamos em constante comunicação e o que sentimos no encontro com o outro, muitas vezes, vem dessa troca invisível, profunda, silenciosa. Quando alguém sente constrangimento ou desconforto, por exemplo, isso pode ter vindo daquilo que o inconsciente do outro estava nutrindo e nosso próprio inconsciente captou.


Por isso, uma comunicação integral, de 360 graus, que envolve o profissional, o pessoal, o íntimo e o coletivo, nos torna pessoas mais preparadas para a vida. O nosso mapa neural cria os cenários e estratégias e nos mostra caminhos e possibilidades. Estar preparado para o inesperado não é pessimismo, é inteligência emocional. Quem se prepara para uma guerra difícil e encontra um cenário mais leve, sai fortalecido. Enquanto, quem acredita que tudo será fácil e se depara com desafios, pode perder o equilíbrio.


Essa nova proposta de comunicação é integral: conecta o mundo interior com o exterior, o pessoal com o profissional. Vai além da oratória! É uma comunicação com consciência, com alma e propósito. 


Sonia Mazetto é gestora de potencial humano, terapeuta integrativa, fonoaudióloga e palestrante

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Comentários

JULIANO SENTURIÃO - 06/05/2025

“Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração. (Mandela). Este conteúdo traz uma profunda reflexão sobre a importância da Comunicação e Oratória, realmente comunicar vai muito além de unir técnicas e expressões, ela emana da alma. Muito obrigado Sonia Mazetto por compartilhar o seu conhecimento.

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