26.08.2025 | 11h24
Divulgação
O agronegócio está passando por uma revolução silenciosa – e quem já viajou o mundo visitando fazendas, centros de pesquisa, cooperativas e indústrias do setor sabe: o futuro não está mais no horizonte, ele já chegou. Chama-se Agro 5.0 e combina inteligência artificial, big data, robótica e automação para transformar a forma como produzimos alimentos.
Tenho acompanhado de perto esse movimento, tanto no Brasil quanto em países que já avançaram muito nessa direção, como Israel, Holanda e Estados Unidos. Em cada um desses destinos, pude ver de perto tecnologias que, há poucos anos, pareciam ficção científica: drones que identificam pragas antes que elas causem danos, tratores autônomos que operam 24 horas por dia com eficiência milimétrica e sensores que ajustam, em tempo real, a quantidade exata de água e nutrientes que cada planta precisa.
O que mais me impressiona, porém, não são apenas as máquinas ou os algoritmos, mas o espírito empreendedor das pessoas envolvidas. Em todos os lugares, conheci jovens produtores, técnicos e pesquisadores que não têm medo de testar novas ideias, de errar rápido e de aprender com os erros. É esse espírito que move o Agro 5.0 – e é justamente isso que me motiva a conectar o Brasil com essas experiências através da AgroTravel, agência que criei para proporcionar viagens técnicas que abrem a cabeça de quem vive o agronegócio.
Por que o Brasil não pode ficar para trás
O Brasil tem todas as condições para ser protagonista nesse novo cenário: solo fértil, clima favorável, produtores experientes e, cada vez mais, startups agrícolas (as AgTechs) criando soluções inovadoras. Mas ainda temos desafios claros, como a falta de conectividade no campo e a necessidade de capacitar mais profissionais para lidar com dados e tecnologia.
Quem já teve a oportunidade de visitar fazendas hiperconectadas na Califórnia ou sistemas de irrigação de precisão em Israel sabe o quanto estamos deixando de ganhar em produtividade e sustentabilidade por não adotar essas tecnologias em larga escala.
Viajar para enxergar além
Acredito que a maior vantagem de viajar para outros países e conhecer de perto essas experiências é mudar o mindset. Quando um produtor brasileiro vê uma fazenda usando IA para prever a colheita com 90% de precisão ou um sistema logístico que reduz perdas em até 30%, ele volta para casa diferente – mais aberto a investir, a buscar parcerias e a pensar o próprio negócio de forma global.
Foi isso que vi acontecer inúmeras vezes nas viagens que organizei para grupos de produtores, executivos e cooperativas. Voltam não apenas com ideias novas, mas com contatos internacionais e, principalmente, com um novo olhar sobre o futuro.
O Agro 5.0 é sobre pessoas
No fim das contas, o Agro 5.0 não é apenas sobre tecnologia. É sobre pessoas dispostas a fazer diferente. É sobre cooperar, aprender, testar e crescer juntos. É esse espírito que me inspira a continuar conectando o agro brasileiro ao que há de mais inovador no mundo.
O futuro do agro não está mais só no campo. Ele está na capacidade de pensar globalmente, agir com dados e inovar com coragem. E quem se antecipar a esse movimento vai liderar a próxima grande revolução do agronegócio.
Fábio Torquato é economista, formado em Relações Internacionais e fundador da AgroTravel
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.