18.10.2025 | 07h00
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Por muito tempo, a formação médica e a prática profissional estiveram centradas quase exclusivamente na excelência técnica e no conhecimento científico. No entanto, o cenário mudou. Vivemos em uma era marcada pelo excesso de informação e pelo impacto do meio digital. Nesse contexto, não basta ser apenas um bom médico: o profissional que deseja prosperar precisa aprender a se comunicar bem, ter posicionamento e, sim, vender — vender a sua proposta de valor, a sua expertise e a transformação que pode proporcionar ao paciente.
Nos últimos anos, o Brasil registrou um aumento expressivo no número de médicos. Dados do Conselho Federal de Medicina (CFM) apontam que, em 2024, o país contava com 575.930 profissionais ativos, o que representa um crescimento de 89% em relação a 2010, quando eram 304.406. Esse aumento reflete a expansão das faculdades de medicina e os programas de incentivo à formação, mas também trouxe maior competitividade ao mercado.
Diante desse cenário, a técnica deixou de ser o único diferencial. O paciente de hoje está mais informado, porém, também mais confuso. Com acesso a milhares de conteúdos, opiniões e comparações, nem sempre consegue distinguir o que realmente é melhor para sua saúde. É nesse ponto que se destaca o médico contemporâneo: aquele que entende a importância do posicionamento e da comunicação.
Mais do que dominar o bisturi ou o jaleco, o médico precisa saber explicar, de forma clara, acessível e empática, por que determinado tratamento é a melhor escolha. Precisa transformar termos técnicos em explicações objetivas, criar uma experiência de atendimento que gere confiança e construir autoridade que vá além do consultório.
É importante desmistificar a ideia de que vender é antiético. A verdadeira venda na medicina não é impor procedimentos, mas educar o paciente. É mostrar, de forma clara e ética, como um tratamento pode transformar vidas e por que ele é seguro e adequado. Caso contrário, outro profissional, talvez com menos experiência, mas com melhor comunicação, conquistará esse paciente.
O futuro da medicina pertence aos médicos que compreendem que vender é educar, posicionar é se diferenciar e comunicar é cuidar. Neste Dia do Médico, a mensagem é clara: a medicina contemporânea não é apenas ciência, é também relacionamento, confiança e presença.
Rayssa Garrido é médica em Cuiabá, pós-graduada em Cirurgias Estéticas da Face pela Facop (Faculdade do Centro Oeste Paulista), pós-graduanda em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pela Faculdade Israelita de Ciências Médicas do Vale dos Sinos (FAMEDVS)
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