15.10.2025 | 08h00
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Hoje fala-se muito sobre a importância de escolher uma profissão que permita à pessoa concretizar seus propósitos pessoais. Uma profissão que encante, que seja reconhecida e que permita ser lembrada pelos seus feitos. No entanto, toda realização profissional está fundamentada na competência. Esta é a condição básica para que o indivíduo seja visto, receba oportunidades e se consolide profissionalmente, independentemente da área escolhida.
Partindo dessa premissa, passamos a avaliar a questão do propósito, que, em essência, é um objetivo. Atualmente, essa palavra é compreendida, nas discussões vocacionais, de forma mais humanizada: trata-se de um objetivo carregado de valores relevantes para a sociedade. Ter um propósito não significa mais apenas ter um objetivo, mas sim um objetivo que cause um impacto positivo na vida de outras pessoas, gerando um legado.
O encantamento é uma via de mão dupla. Uma profissão deve encantar aqueles que recebem a ação do profissional, assim como deve encantar o próprio profissional, que se torna um eterno apaixonado pelo que faz. Uma pessoa que, por meio de sua prática, se retroalimenta e se fortalece para a continuidade de sua missão. O reconhecimento, por sua vez, ocorre pelos olhos dos outros — daqueles que recebem a ação do profissional ou daqueles que a observam. Trata-se da admiração mantida pelo espectador diante da obra realizada.
E não menos importante é a questão da memória: uma profissão que permite ao profissional ser lembrado de forma efetiva e positiva. Um afeto que se estende até a terceiros, que recebem, muitas vezes por meio das palavras, a partilha da experiência vivida por aqueles que foram impactados pelo trabalho desse profissional. Pois bem, parece-me que essa profissão, carregada de propósitos, encantadora, reconhecida e que torna seus profissionais eternamente lembrados, já existe há muito tempo. Ela não está listada como uma profissão do futuro, mas sim entre as mais antigas da sociedade global.
Os antigos filósofos exerceram essa profissão ao dedicar suas vidas a oferecer aos outros seus conhecimentos, reflexões e contribuições para que pudessem evoluir. Podemos afirmar que esses pensadores foram tão fiéis aos seus propósitos que seus pensamentos originais alimentam novas ideias até os dias de hoje.
Essa profissão, a qual me refiro, gera um encantamento único. Por vezes, seus profissionais ocupam um lugar de maior confiança até mesmo do que os pais e mães. O que esses profissionais falam torna-se uma base sólida para a formação de opinião. Eles encantam aqueles que recebem sua atenção e, da mesma forma, são encantados pelo que fazem e pelo afeto que recebem, tornando-se cada vez mais dedicados à sua técnica e ao seu propósito.
O reconhecimento é uma constante. Não há quem passe pela vida tendo recebido a atenção desses profissionais que não os aponte com orgulho. E, por fim, a memória: ninguém esquece o profissional que inspirou, que tocou seu coração, que dedicou parte da vida para tornar a vida dos outros melhor. Todo mundo tem um professor para chamar de seu.
Ser professor é, acima de tudo, assumir um compromisso com o futuro — não apenas o próprio, mas o da sociedade. É exercer uma profissão que combina propósito, encantamento, reconhecimento e memória, elementos que hoje buscamos nas carreiras mais valorizadas e inovadoras. Mais do que isso, ser professor é ser um agente transformador, um eterno aprendiz e um exemplo de dedicação que inspira gerações. É a prova viva de que o que realmente importa não são apenas as tecnologias ou as tendências do mercado, mas a capacidade humana de educar, conectar e construir legados.
Portanto, ao refletirmos sobre as profissões do presente e do futuro, não podemos deixar de reconhecer que muito do que desejamos encontrar está, há séculos, no exercício apaixonado da docência. A melhor profissão do mundo continua sendo a que forma as mentes, cultiva valores e constrói o amanhã: ser professor.
Luiz Gustavo Mendes é diretor do Colégio Marista João Paulo II.
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