08.06.2017 | 11h38
A juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, mandou intimar o advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo, delator da operação Ventríloquo, que apura desvio de R$ 9,5 milhões da Assembleia Legislativa para que se manifeste sobre como pretende complementar o valor de R$ 250 mil que falta ser restituído ao erário, como parte do acordo de delação premiada que ele firmou com o Ministério Público.
![]() O advogado Joaquim Fábio Mielli representava o banco HSBC em uma cobrança de dívida da AL, mas acabou desviando o dinheiro da empresa |
O valor total que ele deve entregar é de R$ 2,2 milhões, que seria o valor que a ALMT devia ao antigo banco Bamerindus, que depois se tornou HSBC, hoje incorporado pelo Bradesco, referente a uma dívida de seguros de vidas de servidores que vinha desde os anos 90 sendo cobrada e que foi paga somente em 2014, após acordo entre membros da então Mesa Diretora com Mielli, que advogava para o banco.
Segundo depoimento prestado pelo ex-deputado José Riva no ano passado, R$ 4,5 milhões foram repartidos entre parlamentares que compunham o esquema e os R$ 5 milhões que deveriam ir para o banco foram desviados pelo advogado que representava a instituição financeira.
Em outubro do ano passado, a operação Ventríloquo, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que investigava o caso, teve uma nova fase intitulada “Filhos de Gepeto”, em alusão às mentiras contadas por Joaquim Fábio Mielli, uma vez que ele ocultou a participação do deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB) do esquema. O advogado Júlio César Domingues também foi acusado de ocultar a extorsão que praticou contra o mesmo parlamentar.
Na época, o próprio Ministério Público havia pedido a quebra do acordo de delação premiada de Mielli e, mais do que isso, a sua prisão, o que acabou não ocorrendo.
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