22.08.2017 | 17h10
A delegada Ana Cristina Feldner interrogou nesta terça-feira (22) o coronel da Polícia Militar, Airton Benedito Siqueira Júnior, que atualmente é secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos.
Otmar de Oliveira![]() Airton é acusado de envolvimento nos grampos, mas não foi preso a exemplo de outros militares. |
O interrogatório, que foi realizado na sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), faz parte das investigações sobre o esquema de escutas telefônicas clandestinas que era operado em Mato Grosso desde 2014 e ficou conhecido como “grampolândia pantaneira”.
Feldner, atualmente é a única responsável pela investigação no âmbito da Polícia Civil após outros delegados declinarem interesse em investigar o caso.
Após mais de 3 horas de depoimento, o secretário, que havia chegado por volta das 13h30 e entrado pela porta dos fundos, deixou o GCCO pela porta da frente e não quis falar com a imprensa que aguardava na parte externa.
Um esquema foi montado entre o coronel e seus advogados para se esquivar dos jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas. Enquanto o carro dele estava estacionado nos fundos da delegacia, ele saiu pela porta da frente, entrou no estacionamento do shopping e saiu de lá em outro carro.
Veja:
A defesa também evitou falar com jornalistas sobre o depoimento, sobre quais questionamentos foram feitos pela delegada. O advogado Jerferson Santana da Silva, que assumiu a defesa de Siqueira nesta semana, alegou que o caso é sigiloso. Antes dele, quem fazia a defesa do coronel era o escritório de Paulo Taques, ex-secretário chefe da Casa Civil, também envolvido no esquema dos grampos. Paulo Taques foi preso recentemente por determinação do desembargador Orlando de Almeida Perri e deixou a cadeia uma semana depois beneficiado por um habeas corpus dado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Airton Siqueira já foi citado várias vezes em depoimentos que constam em inquéritos envolvendo o esquema de grampos ilegais. Ele é apontado como um dos policiais do alto escalão do atual governo, com ligação direta ao episódio das escutas que eram realizadas na modalidade “barriga de aluguel” por um núcleo da Polícia Militar e interceptavam telefones de políticos de aposição ao grupo do governador Pedro Taques, empresários, médicos, jornalistas e servidores públicos.
Ao final do depoimento, os jornalistas presentes no GCCO tentaram entrevistar a delegada Ana Cristina Feldner sobre o assunto. Porém, ela também evitou conceder entrevista com o mesmo argumento de que as investigações transcorrem sob sigilo.
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