deu na gazeta 23.05.2023 | 10h28
daniel@gazetadigital.com.br
Jessica Bachega
Os ares da modernidade desembarcavam definitivamente no jornalismo matogrossense naquela quarta-feira, 23 de maio de 1990. Aquecido em razão da existência longeva de outros dois periódicos, o noticiário impresso no Estado dava um passo
gigante e ousado. E, ao mesmo tempo, temido (por que não?), uma vez que muitas mudanças estruturais já haviam começado e outras tantas estavam por vir. O texto histórico da jornalista Claudete Barros, a popular Cacá Barros, que assinava a primeira edição do jornal A Gazeta como editora de Economia, dava o tom das transformações que estavam
em jogo. E que incluíam a própria essência do jornalista e do fazer jornalístico. “É preciso digerir em seco novos hábitos. É a abolição do cigarro e do cafezinho dentro da redação. É o fim das montanhas de papel que transbordam das cestas de lixo, sempre insuficientes dentro de uma jornal feito à moda antiga”.
De tudo o que foi descrito pela autora do texto, de fato apenas o imortal cafezinho persistiu e continua a integrar a rotina
de qualquer redação Brasil afora, seja de televisão, site, jornal, revista ou mídias sociais. Longe dos grandes centros, o novo periódico cuiabano impunha-se como um dos poucos no país a contar com uma redação inteiramente informatizada desde o seu primeiro dia. A revolução tinha forma e conteúdo: o ‘tec-tec’ dos teclados, a tela escura com letras verdes e o avanço evidente no processo de finalização e rodagem do jornal. “É preciso se adaptar aos teclados, aos comandos, à tela do terminal que mostra as letras surgindo como por encanto”.
Era um campo muito novo, simbolizava a transformação de uma era romântica do jornalismo impresso, que perdurava há
muitas décadas.
Além de significar provavelmente uma folga merecida para as funcionárias responsáveis pela limpeza da redação após um dia intenso de trabalho, (a fumaça poderia prejudicar os novíssimos equipamentos), a informatização economizava drasticamente o tempo necessário para o jornal ficar pronto para a distribuição.
O processo de rodagem em offset até então levava até 10 horas - não raro as edições contendo 24 páginas eram encerradas na madrugada. Com os computadores, este processo reduzia para 5 horas. “Em termos operacionais é quase da água para o vinho. Racionalizar o trabalho, economizar tempo para trabalhar melhor a notícia e levar o jornal cedinho para o leitor é
o que a informatização te oferece de melhor”, acrescenta o texto jornalístico.
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