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Cuiabá, Quarta-feira 01/10/2025

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PRODUÇÕES DA CASA 01.10.2025 | 15h10

Audiovisual mato-grossense brilha na premiação da 24ª MAUAL

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Divulgação

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A 24ª Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina (MAUAL) anunciou 14 curtas-metragens premiados na Mostra Competitiva, no último sábado (27), em cerimônia de encerramento no Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A noite também foi marcada pela celebração do cinema e audiovisual mato-grossense com homenagem ao Mestre da Cultura Aníbal Alencastro e premiação de projetos contemplados pelo Maual Lab, iniciativa de formação e inovação da MAUAL. Além do tradicional Troféu MAUAL, os filmes e projetos vencedores receberam diversos prêmios em serviços de produção audiovisual, viabilizados por produtoras locais e parceiros.

 

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“Chegamos ao fim de mais uma edição da MAUAL, que com um tema tão especial, buscou ‘escutar a terra e romper a imagem’, fazendo circular uma rica produção mato-grossense, brasileira e latino-americana com a exibição de mais de 100 trabalhos audiovisuais, provocando o público a uma florestania da escuta e do olhar”, destacou a supervisora do Cineclube Coxiponés da UFMT e coordenadora da 24ª Maual, Letícia Capanema.

 

“Nesta edição, mais de 1.300 pessoas vieram à MAUAL. Já são 24 anos de uma mostra muito sólida e perene, assentada na universidade pública - e justamente por isso, ela nunca teve interrupção”, comemorou.

 

O audiovisual realizado em Mato Grosso foi destaque na Mostra Competitiva da 24ª MAUAL com oito premiações e cinco menções honrosas para 11 produções. ‘O bebê de Rosimeire’, de Ana Cristina Sampaio e Olavo Fernandes (MT), foi o melhor Melhor Curta Independente pelo júri popular. ‘Mopái iPjuta Âkakje'y - A roça e os alimentos’, realizado pelo Coletivo de Mulheres Cineastas Myky (MT), foi escolhido pelo júri técnico o Melhor Curta Mato-grossense e recebeu o prêmio especial de licenciamento para o catálogo da plataforma Cardume, streaming de curta-metragens. ‘Cello’, de Pollyana Rodrigues (MT), também foi premiado em duas categorias: Melhor Curta Universitário pelo júri popular e Melhor Curta Universitário Brasileiro Experimental pelo júri técnico.

 

“Eu estudei por oito anos aqui na UFMT e realizei apenas dois curtas-metragens. E isso aconteceu por um motivo: a falta de confiança que eu tinha em mim mesma, por achar que tudo que a gente tem que fazer deve ser perfeito, e que eu não poderia falhar. Mas eu aprendi aqui dentro que a gente tem que arriscar e tentar sempre. Porque a beleza da arte está em poder tirar dos nossos erros e das nossas dores coisas muito bonitas”, afirmou Pollyana Rodrigues, diretora de ‘Cello’, curta que traz a saúde mental para reflexão.

 

Além das categorias brasileiras, a 24ª MAUAL trouxe mais uma vez o Prêmio Hermano de Melhor Curta Estrangeiro que, neste ano, foi para ‘La forma del caiman’, de Nay Mendi, filme realizado em Cuba. E além da premiação nos gêneros curta documentário, ficção e experimental, o júri técnico também destacou a temática LGBTQIA+ com o Prêmio Ton dos Santos para ‘Quando a noite é vermelha’, de Caio Marques e Nilton Silva (SP), e a violência obstétrica com um prêmio especial pela relevância do tema para ‘A pior dor que há’, de Ana Clara Miranda (DF).

 

Os filmes vencedores da Mostra Competitiva receberam como prêmio em diversas categorias, bolsas de estudo da B_arco, vouchers de serviços de pós-produção da Mistika Post, consultorias da Cumbaru Produções Artísticas, Cérberos Filmes, Rede Paradiso e do cineasta Joel Pizzini, além do licenciamento para a plataforma Cardume. O Troféu MAUAL, que encontrou sua forma em escultura inspirada em figuras femininas pré-hispânicas, foi assinado novamente pela ceramista e artista plástica Ludmila Brandão.

 

Premiados no Maual Lab

“Essa é mais uma edição que deixa como legado as ações de formação e capacitação por meio da Jornada de Cinema e Negócios e da 3ª edição do Maual Lab, nosso laboratório de desenvolvimento de projetos audiovisuais, que também premia potências do cinema e audiovisual mato-grossense”, destacou Letícia Capanema. A iniciativa, realizada em parceria com o Sebrae-MT, contemplou nove projetos com consultorias e mentoria exclusivas com profissionais renomados no mercado do audiovisual brasileiro.

 

‘Pirilampos", de Carlos Andreotti e Vitor Evangelista, se destacou como o Melhor Projeto de Longa, e foi premiado com passe para o La Fuente: Salão Latino-Americano de Produção Criativa. ‘Deixa a Luz Entrar’, de Luiza de Barros e Thalles Fernandes, foi escolhido o Melhor Projeto de Curta e premiado com cinco diárias de equipamentos da Latitude Filmes; ilha de edição da Plano B Filmes; tratamento de cor da Pau Rodado Filmes; e tratamento do som da Drakkar Audiovisual.

 

“Esse prêmio foi resultado de um empenho muito grande em juntar produtoras de Cuiabá para premiar um projeto daqui do nosso estado. Com essas parcerias, conseguimos fechar um combo que viabiliza cerca de 70% da produção de um filme de curta-metragem”, destacou a produtora executiva da 24ª MAUAL e Maual Lab, Danielle Bertolini.

 

Homenagem a Aníbal Alencastro

Na cerimônia de premiação, a 24ª Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina (MAUAL) destacou a trajetória e importância do pesquisador, Mestre da Cultura, Aníbal Alencastro, entusiasta do cinema e da história de Mato Grosso. Quem conduziu a homenagem foi o realizador e professor da Faculdade de Cinema e Audiovisual da UFMT Diego Baraldi, diretor de “Paradiso de Aníbal”.

 

“Eu já tive a oportunidade de homenagear o seu Aníbal várias vezes. O conheci mais de perto no início dos anos 2000 no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá. Já naquela época, o homenageamos como figura pioneira no trabalho com a projeção cinematográfica. Aníbal trabalhou em muitos cinemas daqui da cidade: Cine São Luís, Cine Bandeirantes e o Cine Teatro Cuiabá, que é o nosso único cinema de rua ainda vivo e pulsante. E Aníbal tem sido um grande parceiro nosso, sempre disposto a encontrar os estudantes, que têm por ele um carinho enorme. Por isso eu sempre digo, nunca é demais homenagear e saudar a trajetória de Aníbal Alencastro”, afirmou Diego Baraldi.

 

Presente na cerimônia, Aníbal agradeceu a Baraldi e iniciativas como a MAUAL da UFMT pelos “resgates” e reconhecimento, exaltando o cinema de rua e o audiovisual mato-grossense: “O cinema sempre esteve presente para a sociedade cuiabana e tem um valor incontestável. Trabalho com cinema desde os anos 1950, sempre vivi cinema. Ao lado de pessoas como Gabriel Papazian, um dos fundadores do aqui Cineclube [Coxiponés], fazíamos acontecer com muita dificuldade. Naquela época, cinema era feito com carvão e filme importado em película. Hoje em dia o negócio mudou, Mato Grosso está produzindo cinema”.

 

O homenageado ainda saudou cineastas do estado, lembrando a histórica premiação de Bruno Bini no Festival de Cinema de Gramado deste ano, e parabenizou os realizadores que participaram da 24ª MAUAL. “Esse é o nosso cinema agora. O meu cinema era aquele. E agora ele está em uma nova fase”, reforçou Aníbal. A homenagem, assim como a cerimônia de premiação, foi transmitida ao vivo pela TV Brasil (Canal 2.1), junto à TV Universitária (TVU).

 

Programação estendida
A programação da 24ª Mostra de Audiovisual Universitário e Independente da América Latina (MAUAL) ainda segue com a Mostra Paralela, que exibe virtualmente 50 filmes de curta-metragem até o dia 7 de outubro pelo http://youtube.com/@cinecoxipones.


Neste ano, MAUAL também oferta oficinas gratuitas de audiovisual desde o mês de julho. Três delas ainda serão realizadas nos meses de outubro e novembro: “Cinema de arquivo - criação, citação e ressignificação”, com Sabrina Tenório Luna, nos dias 22, 23, 24, 27 e 29 de outubro; “Oficina de Audiodescrição”, com Aline Wendpap, de 13 a 17 de outubro, e “Do microfone aos metadados”, com Yuri Kopcak Outubro, em novembro.

 

As inscrições serão abertas em breve. Saiba mais e acompanhe em https://www.maual.com.br/oficinas24maual.

 

Confira a lista completa de premiados na 24ª MAUAL:

 

Premiados mostra competitiva

Melhor Videoclipe Universitário - Júri Popular
A Arte em Mim (Vitor Evangelista, MT)

Melhor Curta Independente - Júri Popular
O bebê de Rosimeire (Ana Cristina Sampaio e Olavo Fernandes, MT)

Melhor Curta Universitário - Júri Popular
Cello (Pollyana Rodrigues, MT)

Melhor Curta Brasileiro Universitário Ficção Brasileiro - Júri Técnico
Quem ficou fui eu (Maria Garé e Luiza Pace, SP)

Melhor Curta Brasileiro Universitário Documentário - Júri Técnico
Nossos sonhos pela janela (Ítalo Evangelista, MT)

Melhor Curta Brasileiro Universitário Experimental - Júri Técnico
Cello (Pollyana Rodrigues, MT)

Melhor Curta Brasileiro Independente Ficção - Júri Técnico
Lá na frente (Márcio Andrade, PE)

Melhor Curta Brasileiro Independente Documentário - Júri Técnico
Márcia Antonelli: das palavras à sobrevivência (Mariellen Kuma, AM)

Melhor Curta Brasileiro Independente Experimental - Júri Técnico
Corpo que dança (Luiz Leite, MT)

Melhor Curta Estrangeiro (Prêmio Hermano) - Júri Técnico
La forma del caiman (Nay Mendi, Cuba)

Melhor Curta Mato-grossense - Júri Técnico
Mopái iPjuta Âkakje'y - A roça e os alimentos (Myky Coletivo de Mulheres Cineastas Myky, MT)

Melhor Curta Curtíssimo - Júri Técnico
Debaixo do pé de Pequi (Maiári Iasi, GO)

Prêmio Ton dos Santos para Melhor Filme de Temática LGBTQIAPN+ - Júri Técnico
Quando a noite é vermelha (Caio Marques e Nilton Silva, SP)

Prêmio Ana Cristina Sampaio de Melhor Animação - Júri Técnico
O barco (Rodolpho Pinotti, SP)

Prêmio Especial pela relevância do tema da violência obstétrica - Júri Técnico
A pior dor que há (Ana Clara Miranda, DF)

Prêmio Especial Cardume licenciamento para a plataforma Cardume de curta-metragens
Mopái Pjuta Ãkakje'y – a roça e os alimentos (Myky Coletivo de Mulheres Cineastas Myky, MT)

 

Menções honrosas 

Tulipas na parede (Milliane Silva, MT)
Lírios (Lupe Capitani, MT)
Com fazer um currículo memorável (Lucas Visan, MT)
60 anos depois (Flávio Ferreira, MT)
Caminho Ancestral (Uri Bezerra, MT)
Canto de acauã (Jaya Pereira, RN)
Americana (Agarb Braga, PA)
Memória três por quatro (Osani da Silva, RN)
Bitoquinha (Giordano Gadelha, SP)

 

 

Maual Lab

Melhor Projeto de Longa
Pirilampos (Carlos Andreotti e Vitor Evangelista)

Melhor Projeto de Curta
Deixa a Luz Entrar (Luiza de Barros e Thalles Fernandes)

Menção Honrosa
Anjos do Cerrado (Júlia Bárbara)

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