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Instável também 21.08.2022 | 15h47

Busca pelo padrão de beleza é insaciável, afirma psicóloga

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Vithória Sampaio

redacao@gazetadigital.com.br

Reprodução/Redes Sociais

Reprodução/Redes Sociais

Século XXI, padrão de beleza, satisfação, realização pessoal e redes sociais, tudo isso tem colaborado para que pessoas cada vez mais coloquem a saúde em risco em prol de atingir um padrão de beleza. Padrão este inalcansável para a grande maiora das pessoas. Em meio a comparação e o sentimento de frustração, muitos mutilam o próprio corpo para se encaixar na estética estebelecida para homens e mulheres.

 

Hoje o que se tem como belo é um corpo magro, mas curvilíneo. Diferente de anos atrás, em que o bonito era ser muito magra. Mas, se o padrão for de séculos atrás, como retraram pinturas famosas, ser bonito era ter um biotipo mais robusto. Então, como se vê, padrão muda constantemente e as mulheres são as mais cobradas por sua beleza.

 

A psicóloga Daniely Spinelli, 28, em conversa com o , explicou que a romantização em torno da beleza vem de anos e que se tornou uma busca insaciável e instável, já que o ser humano dificilmente atinge um estado de inteira satisfação.

 

"Nos dias atuais, padrão de beleza se tornou uma corrida contra o tempo, a pressão externa, através das mídias sociais e dos padrões de beleza impostos pela sociedade acabam dificultando ainda mais o processo de autoaceitação. Isso deixa o indivíduo mais instável frente as suas inseguranças", disse.

 

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O padrão imposto atualmente faz com que a beleza passe a ser uma moeda de troca, que pode garantir sucessos ou fracassos, o que faz um individuo entrar em desespero para estar sempre bem diante do padrão. Porém, muitas vezes, isso compromete a saúde física e mental.

 

Daniely alerta que a terapia é indispensável nesse caso, para que o paciente possa alcançar o equilíbrio emocional e entender até que ponto a cobrança pelo "corpo ideal" é válida.  

 

"Na terapia, trabalhamos o interior sem menosprezar o corpo. Olhando a real necessidade e de 'quem' é essa cobrança. Assim trazer o paciente ao equilíbrio emocional, dando a consciência da situação presente, abrindo espaço para essa busca exterior, que se reflete no espelho", pontuou.  

 

Superação

Brenda Monteiro, 25, durante boa parte de sua vida travou uma luta com a própria imagem e com a balança. Conforme relatou ao , ela sempre foi uma criança abaixo do peso, mas, após várias tentativas da mãe em fazê-la comer, acabou ficando acima do peso.  

 

"Minha história com a imagem começou há muito tempo. Eu sempre fui uma criança abaixo do peso e minha mãe fazia de tudo para eu engordar. Nesse meio tempo eu engordei, visto que geneticamente a família do meu pai é acima do peso", explicou.

 

Entre os 12 e 15 a jovem viveu com o peso elevado  para sua idade e estatura. Logo, ela passou a sofrer na escola e na própria família, com fazendo comentários maldosos sobre sua aparência física, que não se enquadrava no padrão das meninas de sua idade. A partir daí, ela desenvolveu  disturbios alimentares.

 

"Tiravam muito sarro de mim, eu sofria demais então decidi que precisava  fazer alguma coisa. Eu ficava horas sem comer ou tomava chá, já cheguei até tomar óleo de coco todos os dias porque eu achava que emagrecia e desde então começou uma luta com a balança", explicou.

 

Porém, as ações da jovem trouxeram conseqüência. Ela emagreceu e desenvolveu gastrite. Precisou fazer acompanhamento médico e, durante essa situação traumática, decidiu o conhecer mais sobre os alimentos. Decidiu faculdade de nutrição.  

 

Há 4 anos atuando como nutricionista em Cuiabá, Brenda, além de ajudar seus pacientes a se tornarem  mais saudáveis, indica um acompanhamento psicológico especializado em comportamento alimentar, visto que muitos distúrbios são decorrentes do desequilíbrio emocional.  

 

Arquivo Pessoal

Brenda Monteiro

 

 

A nutricionista, que hoje se vê também como paciente, descreve que após anos entendeu seus próprios limites. "Não vou dizer que há um padrão de beleza, mas hoje eu entendo e me aceito como pessoa e como mulher, faço atividade física, me alimento de forma saudável, não fico mais sem comer. Não me alimento pensando só em nutrientes mas no emocional também. Hoje eu sou feliz comigo mesmo, busco sempre melhorar, mas dentro do que eu consigo fazer", finalizou.    

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