deu na gazeta 07.05.2023 | 07h30

elaynemendes@gazetadigital.com.br
jk noticias
A cada dois dias um acidente é registrado na BR-163, em Mato Grosso. Liderando o ranking de ocorrências e também de mortes, dentre as 5 rodovias federais do Estado, a via soma, nos últimos 7 anos, 4.889 acidentes que resultaram em 488 vítimas fatais. Só no primeiro quadrimestre de 2023, foram 263 acidentes e 32 óbitos na conhecida Rodovia da Morte.
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Redução destes índices é um dos objetivos do governo do Estado que, desde o último dia 4, assumiu a administração da BR-163. A principal ação voltada para a preservação de vidas na maior rodovia federal mato-grossense, anunciada pelo governador Mauro Mendes, é a duplicação de diversos trechos, a começar pelo que compreende os municípios de Nova Mutum e Sinop (264 e 500 km ao norte de Cuiabá, respectivamente).
Doutor em engenharia de transportes, Luiz Miguel de Miranda acompanha a situação da BR-163 há décadas e a classifica como uma via desastrosa e letal. Defende a duplicação entre o Posto Gil e Nova Mutum, bem como entre Cuiabá e Jangada, como medida que deve ser adotada para melhorar a segurança e o tráfego. Afirma que a ação anunciada pelo governo, caso executada, trará notórias mudanças positivas na trafegabilidade. Estes trechos representam uma longa extensão de pista simples, que não comporta o alto fluxo de veículos que transitam por ela, ainda mais que 70% dessa frota é composta por caminhões de 26 metros de cumprimento, com 9 eixos. É praticamente impossível um automóvel ultrapassar um veículo deste seguindo a 80 km por hora. É uma crônica de um acidente anunciado.
Miranda explica que a confirmação de que os acidentes estão diretamente ligados à não duplicação vem ao se analisar os dados estatísticos, uma vez que a letalidade nos trechos duplicados chega a ser ínfima se comparada a de trechos não duplicados. A BR-163 também não possui acostamento e o que ela tem possui apenas um metro de largura, espaço que sequer cabe um eixo de um caminhão. No caso de parada de emergência, mais da metade do caminhão vai fechar completamente na faixa, o que colabora com os acidentes. Seguramente vai morrer alguém nesse acontecimento.
O especialista de trânsito frisa ainda a necessidade de maior fiscalização por parte dos órgãos competentes, já que de nada adiantará uma rodovia duplicada, caso não haja punição aqueles que insistem em desrespeitar a legislação. Nessa mesma linha de raciocínio entra o fator de educação no trânsito, que é urgente e necessária para uma trafegabilidade mais segura.
E isso também cabe ao Estado e municípios, que precisam trabalhar a conscientização junto aos seus condutores.
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