promessas não cumpridas 21.11.2024 | 14h47
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução/ Juliana Chiquito
Ex-catadoras do antigo lixão de Cuiabá, Lucimara Abadia e Joice da Silva denunciaram na Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira (21), a falta do pagamento do Renda Solidária III, benefício destinado aos trabalhadores do local atualmente inativado. A vereadora Maysa Leão (Republicanos), que atua diretamente no caso, cobrou explicações e a regularização dos pagamentos.
“Hoje novamente os catadores vieram clamar pelo salário que não entrou. Eles [Limpurb] pagaram 5 pessoas de terça para quarta depois da minha reclamação. Hoje eles vieram aqui porque estão passando fome, estão passando necessidade, sendo despejados de casa” disse a parlamentar.
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Segundo Maysa, o projeto Renda Solidária III fechou o antigo lixão de Cuiabá por conta do cumprimento do marco legal do saneamento. Desse modo, os catadores que trabalhavam no ali receberiam uma indenização pelos serviços prestados durante 40 anos, seriam capacitados e uma cooperativa criada, o que de fato não aconteceu.
“Até hoje a cooperativa não aconteceu, a capacitação teve apenas duas aulas nesse período e está acabando o Renda Solidária III com salários atrasados todos os meses”, destaca a vereadora.
A ex-catadora Lucimara disse no parlamento municipal nesta manhã que a Limpurb pagou os antigos trabalhadores apenas 3 meses, mas depois disso os atrasados tornaram-se corriqueiros.
“Hoje é dia 21, nós precisamos desse dinheiro para nosso sustento, temos filhos pequenos. Nós estamos pedindo o pagamento do nosso salário para comprar o que comer”, explica Lucimara.
A trabalhadora também explica que o pagamento é seletivo, onde apenas um grupo de pessoas recebem os valores e que as desculpas são sempre as mesmas.
“Todo mês é assim, eles pagam 3 ou 5 pessoas e pronto. Aí falam que está fora do sistema, que deu problema no banco”, frisa a trabalhadora.
Outra catadora, Joice da Silva também destaca as dificuldades e que todo mês os trabalhadores enfrentam a mesma burocracia para receber os pagamentos.
“As contas não esperam, a fome não espera, as crianças que precisam comer não esperam, o dono do aluguel não espera, só quer saber de receber o dinheiro. A gente quer que eles cumpram o que foi prometido, em pagar em dia os nossos salários”, explica Joice da Silva.
A reportagem do entrou em contato com a Limpurb, mas até a publicação da matéria não tivhouve retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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