CHAPADA DOS GUIMARÃES 16.12.2023 | 11h20
allan@gazetadigital.com.br
Oliveira Junior
Deslizamento de terra no Portão de Inferno, em Chapada dos Guimarães (43 km de Cuiabá), colocou autoridades e a população em alerta nesta semana. A situação fez com que o governo decretasse emergência, já que o ponto turístico está localizado as margens da MT-251, única via de acesso de Cuiabá à cidade serrana.
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Em entrevista ao , o geólogo Fabiano Lima explicou que os deslizamentos ocorrem principalmente pelas características ambientes da região, formada por rochas sedimentares. Elas são compostas por detritos de outras rochas e minerais transportados há milhões, que foram soterrados e compactados por outros sedimentos.
“Elas são rochas mais porosas e facilmente desagregáveis, por tanto, sucessíveis a erosão. Outra condição ímpar nessa região é a geomorfologia do terreno, ou seja, as irregularidades e a forma do relevo ali presente. Elas são caracterizadas por encostas suaves a íngremes e grandes escarpas. Esses tipos de rochas formam o “paredão”. O sol e principalmente a chuva acaba causando erosão, podendo formar um ambiente favorável para riscos de deslizamento de massa nessas encostas”, explica.
De acordo com a Secretaria do Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), um relatório técnico apontou pelo menos 10 pontos críticos nas encostas da margem da rodovia. Com isso, o Estado proibiu a passagem de veículos pesados entre a Salgadeira e o trevo que dá acesso ao Distrito de Água Fria, em Chapada dos Guimarães.
Fabiano reforça que as quedas, tombamento e rolamento de blocos podem ocorrer devido aos fatores naturais e também pela movimentação humana, já que os “paredões” estão próximos à estrada.
“Esses fatores ou agentes citados acima são denominados como eventos de causas naturais que atuam no ambiente. Outros fatores que podem causar deslizamentos estão relacionados às interferências humanas, como as vibrações no terreno. Esse tipo de ocorrência pode estar relacionada ao tráfego de veículos pesados na região”, acrescentou.
Soluções urgentes
Com a emergência, a Sinfra está autorizada a realizar as intervenções e obras necessárias de resposta ao desastre, incluindo reabilitação estrutural da área atingida. O especialista defende a criação de um grupo especial de trabalho para monitorar a situação na região.
Segundo ele, uma das opções seria a construção de muros e plantio de vegetações que sejam capazes de conter eventuais deslizamentos.
“Ações com medidas de mitigação devem ser implementadas o mais rápido possível. Essas medidas combinadas podem variar de simples ações como: plantar determinada espécie de grama com raízes profundas, instalação de drenagens ou até mesmo de grandes estruturas de concreto (muros de arrimo, gabião entre outros). Vale ressaltar que quaisquer medidas de contenção deverão ser tomadas após um estudo criterioso do terreno. São medidas que uma vez realizadas com critérios técnicos adequados, poderão resolver 100 % dos problemas hoje ali existentes”, finaliza
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J A Silva - 16/12/2023
É TANTA ENROLAÇÃO, GASTANÇA E UM DIZ QUE ME DIZ QUE NÃO LEVA A NADA! UMAS BANANAS DE DINAMITE RESOLVERIAM RAPIDINHO O PROBLEMA! JÁ QUE VAI CAIR E QUEREM CAIR, DERRUBEM LOGO A ACABA A MUAGE!
Benedito da costa - 16/12/2023
Nada de muro geólogo, descaracteriza o local, já basta a ponte que ali tem. Tão fazendo tempestade em copo d'água, pra resolver o problema é fazer um tunel no morro como tem em tantos lugares do Brasil e no mundo. Feito isso o problema será resolvido sem perder a essência do morro.
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