Iniciativas formadas por mulheres promovem tradição, sustentabilidade e autonomia econômica em Mato Grosso

Iniciativas lideradas por mulheres em Mato Grosso auxiliam na preservação do meio ambiente, valorização da cultura e sustentabilidade. Este ano, o Programa REM-MT apresentou projetos apoiados por ele que trazem impacto positivo não somente na vida das mulheres que participam, como também na sociedade e contexto que estão inseridos. 

Os projetos promovem valorização das tradições ancestrais, a autonomia econômica e a sustentabilidade, impactando pessoa por todo o estado. Mulheres indígenas, agricultoras, cientistas e extrativistas estão trabalhando em diferentes frentes na busca por um futuro mais justo, sustentável e igualitário.

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Devem ser celebradas não apenas suas conquistas, mas também a transformação que cada uma das iniciativas representam para suas comunidades e para a luta pela preservação ambiental. 

Joias e Saberes da Floresta: Protagonismo Feminino Indígena

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Mulheres do povo Rikbaktsa participaram de diversas atividades dentro do projeto ‘Jóias e Saberes da Floresta’

Desenvolvido pela Associação Indígena das Mulheres Rikbaktsa (AIMURIK), o projeto tem foco nos conhecimentos tradicionais sobre ervas medicinais e artesanato em 39 aldeias Rikbaktsa. Desde 2022, a iniciativa capacita mulheres, promove expedições para coleta de matérias-primas e fomenta a autogestão da associação.

O Programa REM MT promove apoio que assegura que essas mulheres possam preservar sua cultura e garantir sua independência econômica.

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Mulheres da associação da Associação Regional das Produtoras Extrativistas do Pantanal (ARPEP)

ARPEP: Mulheres Gerando Renda com os Babaçus
Liderado por 35 mulheres da Associação Regional das Produtoras Extrativistas do Pantanal (ARPEP), o projeto promove o manejo sustentável do babaçu, transformando-o em produtos como óleo, farinha e biscoitos. A iniciativa possibilitou a reforma de agroindústrias, aquisição de maquinários, criação de viveiros, instalação de placas solares, capacitação das mulheres em comunicação, gestão, manejo de equipamentos e desenvolvimento de novos produtos.

As mulheres do projeto realizam todas as etapas da produção: coleta, manuseio, fabricação e comercialização de produtos. O impacto da iniciativa foi significativo, proporcionando renda e autonomia para as mulheres envolvidas.

Um documentário foi produzido contando a história das mulheres e pode ser assistido aqui.

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O ritual dura a noite toda e as meninas dançam com as mãos entrelaçadas com seus padrinhos

Ritual Menina Moça: Preservando a cultura Nambikwara
O Ritual da Menina Moça é uma tradição do povo Nambikwara que marca a transição da infância para a vida adulta das meninas. O ritual é realizado quando a jovem passa pelo seu primeiro ciclo menstrual. Nesse momento, ela é conduzida a uma construção circular chamada “tamuio”, onde fica reclusa.

O projeto Waindxisu garantiu a realização desse rito, viabilizando a produção de peças de artesanatos tradicionais e estruturando espaços importantes como o Tamuio e a Casa da Flauta, e fornecendo suporte logístico para o deslocamento de 763 indígenas de diversas aldeias, que puderam acompanhar esse ritual importante na vida das jovens indígenas.

Para os Nambikwara, o Tamuio simboliza o casulo onde a borboleta aguarda sua completa transformação para a fase adulta. Durante esse período de reclusão, a jovem recebe orientações e instruções das mulheres de sua família e da comunidade, preparando-a para desempenhar as responsabilidades das mulheres adultas de sua etnia.

Por meio do projeto foi realizado um documentário que registrou o Ritual da Menina Moça mostrando toda a cultura e beleza dessa cerimônia. Assista o documentário AQUI ou no canal do Youtube do Instituto Amazonas.

Pesquisa sobre Espécies Arbóreas: Incentivo ao Manejo Sustentável

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Elaboração da lista de espécies arbóreas com uso madeireiro para Mato Grosso é um importante documento para auxiliar o trabalho de órgãos fiscalizadores

O projeto de pesquisa conduzido pela cientista Célia Regina Araújo sobre espécies arbóreas de uso madeireiro em Mato Grosso, atualiza a base de dados utilizada por órgãos ambientais, como da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), contribuindo para o aprimoramento do manejo florestal no estado.

A pesquisa conquistou o 2º lugar na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e esse reconhecimento evidenciou a importância do papel da mulher na ciência.

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Mulheres associadas à AMURVERDE e seus familiares

AMURVERDE: Agricultura Familiar e Empoderamento no Campo
A Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais e Artesãs de Nova Monte Verde (AMURVERDE) conduz um projeto que fortalece o cultivo de bananas em Sistemas Agroflorestais (SAFs). Com um investimento de R$918 mil do Programa REM MT, a associação é composta por 35 associadas e é um exemplo de empoderamento feminino no campo. As mulheres tomam todas as decisões dentro da associação e estão trabalhando na produção orgânica e sustentável, junto às suas famílias.

O projeto expandiu o número de famílias beneficiadas, melhorou as condições de trabalho das agricultoras, aprimorou a infraestrutura de irrigação e construiu uma cozinha industrial. Além de impulsionar a produção, a iniciativa fortalece a autonomia feminina no campo e incentiva práticas sustentáveis.

REM MT
O Programa REM MT é uma premiação dos governos da Alemanha e do Reino Unido, por meio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW), ao Estado de Mato Grosso pelos resultados na redução do desmatamento. Na fase 1 do programa, foram apoiados 157 projetos, beneficiando 144 organizações sociais, entre elas, 114 associações ou cooperativas. Os projetos abrangem os três biomas de Mato Grosso: Amazônia, Cerrado e Pantanal.

Dentre os resultados alcançados pelo programa, se destacam as 603 aldeias atendidas, onde vivem 43 povos indígenas, os 107 municípios mato-grossenses beneficiados e as mais de 35 mil pessoas atendidas.

O Programa REM MT é coordenado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), e tem como gestores financeiros o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS).