biênio 2022/2024 23.07.2021 | 16h24
jessica@gazetadigital.com.br
João Vieira
O presidente eleito para a gestão 2022/2024 do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), do Claudecir Roque Contreira, defende uma fiscalização mais rígida quanto à atuação dos corretores e atualização da lei que regulamenta a profissão. Ele também destaca o grande crescimento do setor durante a pandemia de covid-19.
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“O setor só tem a comemorar esse crescimento”, declarou o futuro presidente em entrevista ao programa Tribuna, da Rádio Vila Real, nesta sexta-feira (23).
Atualmente, o Creci tem 8 mil corretores ativos e a fiscalização abrange não só os profissionais, mas também as mais de 1.141 imobiliárias existentes em Mato Grosso.
“Queremos inovar. Trazer novidades para o mercado e mais proteção para os bons corretores”, planeja o presidente eleito.
"Temos bom trânsito com a bancada federal, porque nosso órgão é federal. Estamos buscando apoio para fazer rastro em Brasília, representar bem a categoria e inovar na questão de legitimidade, da representatividade do corretor perante o mercado imobiliário e, esssa é a minha missão, fazer a sociedade ver e entender a insitutição Creci como o mesmo respeito que tem com o CRM, a OAB, o Crea. Ainda não alcançamos esse nível e temos que trabalhar para isso", afirma.
Para isso, o presidente eleito quer oferecer mais capacitação, aperfeiçoamento e atendimento ao profissional para que melhore sua atuação.
Com o aumento das vendas também vieram oportunistas que realizaram vendas irregulares e que agora os compradores têm dor de cabeça.
Contreira ressalta que é papel do Creci fiscalizar situações de irregularidade e corretor só podem comercializar áreas legalizadas. Ele cita como exemplo chácaras de recreação na região do Coxipó do Ouro, área tradicional e turística de Cuiabá.
O Ministério Público tem movido ações para retirada de pessoas do local, por conta do desrespeito as regras ambientais para construções.
“Isso é um absurdo. Trata-se de um crime ambiental terrível e um crime financeiro para as pessoas que sonharam um dia ter um pedaço de chão na beira do rio. Estão praticamente todos irregulares”, comenta o corretor.
De acordo com o presidente eleito, do jeito que os lotes foram comercializados é muito difícil a regularização a curto e médio prazo. A lei municipal estabelece que os sítios de recreio tenham metragem mínima de 1.500 metros quadrados e tem lotes com apenas 150 metros quadrados.
Cotreira pontua que a fiscalização dessas vendas de áreas ilegais feitas por corretores e imobiliárias é função do Creci.
Pessoas que se sentiram lesadas por comprarem essas áreas podem acionar a Justiça e solicitar reparos. Porém, o corretor orienta o consumidor a pesquisar muito antes de comprar o imóvel. Averiguar as condições legais da área, a reputação do corretor e da imobiliária e desconfiar se houver muitas facilidades para compra.
“Tem sido muito divulgado situações como essas. O consumidor deve estar atento a partir de agora e investindo, sim, mas em área regulares”, afirma.
Além de intensificar a fiscalização, o futuro presidente afirma que sua principal bandeira é atualizar a lei que regulamenta a profissão, pois a que está em vigor é muito antiga, de 1978.
“Ela tem que ser trazida para 2021 para que possa atender a esses assuntos de proteger a sociedade, mais rígida onde tem que ser e também mais protetiva, mais humana e respeitosa com os corretores que atuam de forma legal no mercado”, explica.
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