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DEU EM A GAZETA 25.02.2025 | 06h48

Prisão em Mato Grosso vira ‘castigo medieval’

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Christiano Antonucci - Secom - MT

Christiano Antonucci - Secom - MT

Em Mato Grosso, não existe um sistema de execução penal, “mas sim um mecanismo de exclusão e degradação, onde a pena privativa de liberdade é transformada, na prática, em um castigo medieval, que nada tem a ver com o propósito de reinserção social”. O apontamento é do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF/ TJMT) após fiscalização em 31 presídios e cadeias do Estado.

 

As correições destacaram um quadro de extrema precariedade estrutural, sanitária e assistencial. Diante das constatações, o judiciário mato-grossense não descarta levar as denúncias perante organismos internacionais de proteção aos direitos humanos, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Problemas estruturais, superlotação e alimentação de má qualidade estão entre as deficiências constatadas durante as fiscalizações dos juízes.

 

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Além disso, infiltrações, esgoto a céu aberto, mofo e falta de ventilação adequada foram relatados. Segundo o documento, o Brasil, como signatário de tratados internacionais, tem a obrigação de garantir que a pena privativa de liberdade não se converta em uma sentença de tortura e degradação humana, o que não está sendo observado dentro das unidades prisionais mato-grossenses.

 

Quase metade das unidades prisionais vistoriadas descreve os kits de higiene e limpeza entregues pelo governo do Estado como péssimos. Além da má qualidade dos produtos, a distribuição, na maioria dos casos, costuma ocorrer a cada três semanas. Apenas 18 presídios recebem papel higiênico e nas unidades femininas, relato é de absorventes que se dissolvem no uso, causando alergias e infecções.

 

PROBLEMA AGRAVADO

Como mencionado por todos os magistrados corregedores das unidades prisionais do Estado, o fechamento das cantinas internas não apenas “eliminou uma fonte de dignidade e subsistência, como agravou a precariedade dentro das unidades prisionais, trazendo fome, falta de higiene e de medicamentos, tornando aquilo que era ruim em algo miserável”.

 

Cita que assim como a água da chuva expõe o esgoto, a suspensão dos mercadinhos “trouxe à luz do sol o desrespeito àquilo que o ser humano tem de mais sagrado: a sua dignidade”. “Reconhecemos que o ideal seria a inexistência dos mercadinhos, se estivéssemos em um país cônscio de suas obrigações para com as pessoas privadas  de liberdade, e que, de fato, priorizasse o ser humano”, reforça relatório. 

 

Leia a reportagem completa na edição de A Gazeta

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Comentários

Jose Carlos - 25/02/2025

Esta com dó? Leva para a casa. Deviam trabalhar para indenizar as vítimas. Construir escolas, tapar buracos, limpar canteiros e ruas. Não vejo ninguém do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF/ TJMT) buscando saber como vai as vítimas, que estão sem pai, sem mãe, sem irmão, sem filho, etc. Pura demagogia e hipocrisia.

Jão Fimose - 25/02/2025

Tudo isso é exagero! A Gazeta está comprando briga do Perri com o governo. Esses presos comem, dormem e são assistidos melhor que a maioria famílias matogrossenses. Só não roubar, não matar, não estuprar, que não vai para a prisão. Triste ver o judiciário e parte da imprensa se prestando a esse papel ridículo. A Gazeta está se tornando blog de fofoca.

tata - 25/02/2025

Presidio não é hotel, onde presos querem regalia, comentem crime e querem regalia?

Mário Marcio - 25/02/2025

Coloca aí o Vale Peru

4 comentários

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