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Cuiabá, Sexta-feira 12/09/2025

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12 anos após o crime 12.09.2025 | 14h35

Homem que matou atual da ex-namorada com 6 tiros é condenado a 14 anos; veja

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Chico Ferreira

Chico Ferreira

O réu Michael Richard Alves Nascimento, vulgo “Zelão”, foi condenado, no começo da semana, a 14 anos de prisão pelo homicídio com motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima em face de Flávio Gabriel Campos Rodrigues, 17, executado a tiros em 22 de dezembro de 2013. A vítima tinha um relacionamento com a ex-namorada do réu e foi surpreendida enquanto conversava com amigos na frente da residência de um deles, quando foi atingida com 6 disparos.

 

Conforme os autos, no dia 22 de dezembro de 2013, por volta 18h, em uma rua do bairro Jardim Presidente II, em Cuiabá, Michael Richard executou a tiros o jovem Flavio Gabriel Campos Rodrigues. A denúncia fora recebida em 26 de agosto de 2014 e, na mesma ocasião, foi decretada a prisão preventiva do denunciado.

 

O mandado de prisão preventiva foi cumprido em 26 de janeiro de 2018 na cidade de Porto Velho, no estado de Rondônia. Posteriormente, a prisão preventiva do acusado foi revogada em 26 de outubro de 2018, mediante aplicação de medidas cautelares.

Leia também - MP denuncia feminicida que matou a ex a tiros em pesqueiro 

 

Em depoimento na fase de inquérito policial, uma testemunha que presenciou o crime citou que no dia do fato estava com a vítima na frente da casa de outro rapaz e quando se despediam para irem embora, Michel Richard se aproximou da vítima já com uma pistola nas mãos e começou a disparar.

 

A testemunha e o dono da casa conseguiram correr para dentro da residência, mas a vítima não teve tempo, recebendo cerca de 6 disparos, sendo um na região do tórax e outros na cabeça. Ela ainda cita que nenhum deles viu "Zelão" se aproximar, pois ele veio da rua lateral, ficando encoberto pelo muro, apenas sendo visto quando já estava próximo com a arma em riste e nada falou. Em seguida fugiu a pé.

 

Outras testemunhas comentaram logo após o crime, que o motivo teria sido por um desentendimento entre a vítima e seu algoz por uma ex-namorada da vítima, que se relacionou também com "Zelão". 

 

O dono da casa, que estava no momento do crime, reafirmou a versão sobre a aproximação silenciosa do réu  e ainda citou que no momento do crime, estava com sua filha bebê nos braços, quando o suspeito chegou já com a arma em punho disparando na vítima.

 

A Defensoria Pública requereu a impronúncia do acusado em razão da “inexistência de provas mínimas de autoria do crime” e o afastamento da qualificadora de motivo fútil, com o argumento de que os dois seriam rivais e possuíam desavenças anteriores aos fatos. Também requereu o afastamento da qualificadora de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que não houve comprovação do “elemento surpresa” no crime.

 

O conselho do júri reconheceu a materialidade dos crimes cometidos, evidenciando não apenas a extrema violência empregada na execução do delito, mas também o firme propósito de alcançar o resultado morte, já que a vítima foi morta com 6 tiros.

 

A juíza Monica Catarina Perri Siqueira, que presidiu a sessão, destacou a “frieza, determinação e desprezo pela vida humana”, motivado o crime supostamente pelo fato da vítima estar em um relacionamento com a ex-namorada do acusado.

 

Foi considerada ainda as circunstâncias do crime desfavoráveis, pois o delito foi praticado na via pública, ainda na luz do dia, na presença de diversas pessoas, inclusive uma criança de colo, que foram expostos a risco concreto de serem atingidos pelo excessivo número de disparos efetuados.

 

Diante disso, Michael Richard foi condenado a 14 anos de reclusão em regime inicialmente fechado.

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