40 DIAS PARA DESOCUPAÇÃO 16.09.2025 | 13h06
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução/Instagram
A secretária de Habitação e Regularização Fundiária de Cuiabá, Michelle Dreher, afirmou que mesmo faltando 41 dias para a desocupação, a Prefeitura de Cuiabá, não conseguiu cadastrar todas as famílias residentes da região do Contorno Leste, e conceder moradias regularizadas.
Sem citar números, a secretária disse que apenas metade das famílias estão cadastradas, diante do prazo curto ofertado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O pagamento de um aluguel para famílias que não forem cadastradas no prazo e precisarem deixar o local já é estudado pela administração. O aluguel social pode durar 6 meses ou até a realocação.
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Em entrevista à Rádio Vila Real FM, no Programa Tribuna, a secretária explicou que há a dificuldade em concluir o levantamento de quantas famílias vivem na área, devido a uma série de desafios, como identificação dos reais moradores, não grileiros que se aproveitaram do espaço. A expectativa é que o processo seja concluído em uma ou duas semanas.
Michelle garante que na pasta há uma corrida contra o tempo, já que o prazo para encerrar o cadastro e dar início a desocupação termina em 27 de outubro.
“Não conseguimos a chegar ao número total de famílias, porque não terminamos o cadastrado. Essa semana e na próxima tentaremos concluir, já foi metade, falta a outra. O prazo é curto, tínhamos sessenta dias para fazer cadastro, e procurarmos outras áreas. Terminamos a topografia, faremos os desenhos para saber quantos lotes teremos, a ideia é que chegue a mil lotes. Corremos contra o tempo. Muitas pessoas não moram lá, vão só para fazer cadastro. Às vezes, notamos que a casa está vazia. Tudo isso anotamos na ficha, anotamos endereços e etc”, disse a secretária.
Conforme a secretária, a prefeitura já encontrou uma nova área, onde inclusive a topografia da área já foi finalizada. Agora, restam estudos, para determinar a quantidade de lotes disponíveis, com a expectativa de que o local possa abrigar cerca de mil lotes. Além disso, os próprios proprietários de lotes da região destinaram cerca de 140 hectares para abrigar algumas famílias.
“É um pedaço de onde elas já estão. A área total dá 140 hectares. O pedaço doado é suficiente para que cada família tenha área de 200 metros quadrados. A parte que eles vão doar corresponde a uma área que eles já invadiram, a ideia é a princípio que as pessoas deem continuidade as construções. Quando houver a reintegração de posse, caberá aos proprietários reaverem, vai ser com eles. O que o município tenta fazer é realocar outras pessoas, de fora da vulnerabilidade e vimos que precisam. Não tem para onde ir, moram lá e ficam desamparadas”, emendou.
Michelle pontua que apenas famílias em situação de vulnerabilidade social deverão ser realocadas, por serem prioridades a prefeitura. “Um relatório feito pela Secretaria Estadual de Assistência Social (SETASC), constatou cerca de 200 e poucas famílias vulneráveis, doaram uma área para elas. Nós vemos um pouco mais além, os que moram lá e não possuem propriedades.”
Assim como o prefeito fez ainda ontem, durante o manifesto na Praça Alencastro com esses moradores, a secretária cobrou emendas parlamentares prometidas pela classe política.
“Estamos pegando terrenos da prefeitura, com dinheiro da prefeitura. Muitas pessoas disseram que mandariam emendas, e ninguém está ajudando. Pagaremos aluguel social, construir moradias básicas, basicamente tudo envolve dinheiro da prefeitura”, conclui.
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