Sinfra ignora notificação do MP e mantém interdição parcial no Portão do Inferno

Após o Ministério Público do Estado de Mato Grosso notificar a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) para retomar o tráfego normal na rodovia MT-251 durante o 37º Festival de Inverno, a pasta respondeu à notificação afirmando que o trânsito continuará funcionando no sistema de pare e siga nos próximos dias devido ao risco do local. O tráfego no trecho do Portão do Inferno está interditado desde janeiro.

A Sinfra informou que o sistema será mantido, devido à impossibilidade técnica de garantir uma gestão de risco efetiva com a passagem totalmente liberada. A resposta leva em conta um relatório técnico do próprio Ministério Público que é contra a retirada do sistema.

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A Promotoria de Justiça recomendou ainda a liberação da capacidade de carga do viaduto para 12 toneladas. Promotor Leandro Volochko destacou que foram instaladas redes de contenção e apara na encosta, bem como realizada a remoção de blocos instáveis. Além disso, segundo ele, a região não está mais sob efeito do período de chuvas, que influenciava para o aumento do risco da queda de blocos, e, ainda, que não há notícias de novos rolamentos de pedras ou blocos, tornando, portanto, o trânsito de veículos mais seguro.

Em trecho do relatório, o MP afirma que “Ao se permitir trânsito somente em uma faixa, não existirá a ocorrência simultânea de trânsito nos dois lados do viaduto, diminuindo, portanto, a carga total em seu tabuleiro. Assim, não há implicação para a estrutura da ponte. Pelo contrário, essa medida favorece a segurança”.

A Sinfra-MT ainda informou que o bloqueio para obras no trecho do Portão do Inferno não começarão de maneira imediata, uma vez que o órgão está trabalhando para cumprir todas as condicionantes impostas pelo Ibama, especialmente a obtenção da Autorização da Supressão Vegetal (ASV).

Ela ainda informou que não irá liberar a capacidade de carga do viaduto para veículos de até 12 toneladas, uma vez que os estudos evidenciaram a fragilidade do maciço no entorno da fundação do viaduto, que não é estável o suficiente para suportar grandes cargas de pesos com segurança.

O ofício ainda responde outro questionamento, sobre a previsão de horários de bloqueio no Portão do Inferno, as rotas alternativas e que será permitida a passagem de ambulâncias com ocorrências de risco à vida.