'CAOS NO TRÂNSITO' 01.10.2025 | 07h47
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução
A situação “caótica” do tráfego urbano da capital chegou até os corredores da Câmara Municipal de Cuiabá. Os parlamentares criticam a falta de informações que deveriam ser repassadas pela Secretária de Estado de Infraestrutura (Sinfra-MT) sobre o andamento de diversas obras que ocorrem ao mesmo tempo, na cidade, tanto por parte do governo do Estado, como o Bus Rapid Transit (BRT), o Complexo Leblon, como outras obras da concessionária de água e esgoto que tem impactado diretamente condutores e comerciantes das regiões críticas. Foram cobradas também soluções para conciliar a fluidez do trânsito.
O presidente da Comissão de Obras da Câmara, vereador Alex Rodrigues (PV) enfatizou que assim como a população, os parlamentares também têm sido afetados com congestionamentos e desvios em vários pontos devido às obras e garante que os vereadores têm feito cobranças diárias ao Secretário Adjunto de Obras Especiais da Sinfra-MT, Isaac Nascimento Filho, contudo, sem respostas.
“Continuamos com uma dificuldade imensa de ter respostas da Sinfra. Não somos contra a obra do BRT, queremos que a obra fique pronta, mas novamente a Sinfra não nos dá o respaldo de quando vai fechar as vias, de quando vai abrir, do andamento das obras. Os comerciantes não sabem quando o seu comércio vai ser afetado e nós população não aguentamos mais”, desabafou durante entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira (30).
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Rodrigues chegou a citar a Sinfra tem se negado a repassar informações e que nos próximos dias deve se reunir com outros vereadores junto do presidente do Tribunal de Contas (TCE-MT), o conselheiro Sérgio Ricardo, para buscar ajuda. "Nós estamos no escuro, totalmente no escuro quanto ao cronograma das obras do BRT. Isso é um desrespeito muito grande para a gente”, criticou.
Questionado se o empecilho para o danamento das obras seria a mão de obra escassa, como foi alegado pelo governo do Estado anteriormente, o vereador acredita que não, e que os prazos para conclusão de trechos tem sido extrapolados, o que não justifica a falta de informações.
Já o vereador Daniel Monteiro (Republicanos) cita que a construtora contratada, mesmo após fazer o acordo diante das ameaças de rescisão por parte do governo do Estado, não consegue cumprir com as suas atribuições. Ele menciona que chegou a ir na Sinfra com o vereador Alex e conversou com o secretário Isaac. Na oportunidade foi demonstrado que o governo tem feito repasses em dia e questiona o motivo da empresa tocar a obra se não consegue atender a demanda.
“O Estado estava pagando em dia, mostraram para nós os recibos, não tem a desculpa da empresa ‘não estar recebendo’. A sociedade não tem nada a ver com quem é a culpa, a sociedade quer saber de resultado. [...] O pior cenário é mais uma vez a gente desistir da obra e desistir do BRT como desistimos do VLT. Então agora a gente vai ter que sofrer esse sacrifício, pressionar para ser o mais rápido possível, mas não tem o que fazer. Se algum vereador, deputado ou prefeito chegar aqui e dizer que de hoje para amanhã vai resolver o problema, é mentiroso. Eu tô sofrendo, a população tá sofrendo, vamos ter que aguentar o sofrimento”, declarou.
O vereador Rafael Ranalli (PL) teceu críticas ainda mais duras e se dirigiu diretamente ao governador Mauro Mendes (União), cobrando agilidade nas obras devido à proximidade do período eleitoral no ano de 2026.
“Como representante do povo, faço questão de cobrar o senhor governador, pré-candidato ao Senado do ano que vem, provavelmente na minha chapa, a pedido do Bolsonaro. Resolva a Avenida do CPA. É o mínimo que o cidadão cuiabano pede. Para um pouco com essa história de Parque Novo Mato Grosso, dá um tempinho, vem cuidar aqui dos cuiabanos, que ano que vem tem eleição e não tem jeito. Ajude a organizar aquele trânsito, está caótico, tá um caos.
O liberal apontou a falta de organização e planejamento, em especial na Avenida Historiador Rubens de Mendonça e sugeriu ainda que a Semosp auxilie no controle do tráfego para evitar estresses maiores dos condutores.
“A população chega em casa nervosa, no serviço, a orelha do governador ‘esquenta’, muito provavelmente, porque eu mesmo fui um que xinguei dentro do carro. Se dedique um pouquinho mais, senhor governador, à Avenida do CPA principalmente e outros pontos aí de afogamento aí do trânsito”, concluiu.
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