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desigualdade econômica 27.08.2025 | 16h44

Haddad diz que apoio popular à taxação dos super-ricos é superior à isenção até R$ 5.000

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (27) que o apoio da população à taxação dos super-ricos é superior à concordância com a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000.

 

Segundo o ministro, a pauta tem abertura entre os brasileiros em função da desigualdade socioeconômica do país. Haddad ponderou, no entanto, que a discussão do assunto no Congresso Nacional não é capaz de solucionar o problema, embora dê início à discussão.

 

“Não se trata só de isentar quem ganha menos. É também aquele que ganha mais de R$ 100 mil por mês contribuir com uma justa parte, uma alíquota que todo mundo paga. Então, se vocês observarem as pesquisas, o apoio à taxação dos super-ricos é maior do que o da própria isenção [para quem recebe] até R$ 5.000″, declarou Haddad a jornalistas, após reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

 

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Um dos assuntos do encontro foi a votação do projeto que isenta o Imposto de Renda de quem recebe até R$ 5.000 por mês. A proposta está pronta para análise dos deputados, mas ainda não foi pautada.

 

A expectativa é que uma nova reunião ocorra na semana que vem, entre a equipe econômica do governo e os líderes do Congresso Nacional, para o esclarecimento de eventuais dúvidas sobre o texto.

 

“A sensação que se tem é de que há muita injustiça no Brasil. E de que os super-ricos não contribuem com o mínimo que deveriam contribuir”, acrescentou Haddad, ao afirmar que “sentiu firmeza” na conversa com Motta.

 

“Senti que estamos bem. E os dados são muito robustos. Chamam a atenção. A desigualdade no Brasil é muito grande. É um começo de endereçar o tema da desigualdade. Não é a solução, mas é o começo”, completou.

 

Apoio dos brasileiros
Pesquisa Datafolha de abril mostrou que 76% dos brasileiros são a favor de taxar quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, diante de 20% que rejeitam a proposta.

 

O resultado foi semelhante ao levantamento anterior, de dezembro do ano passando, quando 77% da população era favorável à taxação dos super-ricos.

 

A mesma pesquisa revelou que 70% dos brasileiros concordam com a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 mensais, contra 26% de opositores.

 

Votação no próximo mês
A ala governista na Câmara dos Deputados espera votar o projeto no Congresso Nacional até o fim de setembro.

 

A informação foi dada pelo deputado federal Odair Cunha (PT-MG), que representou o governo na reunião de líderes da Câmara nessa terça-feira (26).

 

A ideia é alinhar o parecer final entre Câmara e Senado, para evitar mudanças no texto apresentado pelo relator na Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL).

 

Os deputados já aprovaram a matéria na comissão especial e um pedido de urgência no plenário. Falta, ainda, a votação do mérito em plenário para que o texto siga ao Senado.

 

Isenção do IR: entenda
A proposta é uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi apresentada pelo Planalto. O texto amplia as faixas de renda beneficiadas pela isenção do imposto.

 

Atualmente, estão livres do IR aqueles que recebem até R$ 3.036 (dois salários mínimos). A ampliação da faixa de isenção pode contemplar 14 milhões de brasileiros, segundo Arthur Lira.

 

A proposta também estabelece isenção parcial para rendimentos de R$ 5.001 a R$ 7.350, o que deve beneficiar 500 mil contribuintes.

 

Validade a partir de janeiro
O governo tem a meta de concluir todas as etapas ligadas à isenção até setembro, para permitir que o benefício do IR valha a partir de janeiro de 2026.

 

Por regra, projetos que alteram impostos precisam de um prazo de, ao menos, 90 dias para virarem lei. No caso da isenção, o calendário obrigaria a conclusão do Congresso e sanção de Lula até o dia 30 do próximo mês.

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