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CORREÇÃO 08.03.2025 | 10h52

Mulheres ainda enfrentam salários baixos e sub-representação em cargos de liderança

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Na matéria divulgada anteriormente, havia uma incorreção sobre a apuração dos dados do Ministério das Mulheres e Trabalho, na realidade a apuração foi feita pelo escritório de advogados Vernalha Pereira e não GBR Comunicação. Segue abaixo o texto correto.

 

Mesmo com avanço em legislações para equidade de gênero no trabalho, as mulheres ainda sofrem com menores remunerações e oportunidades para ocuparem cargos de liderança.

 

Um boletim especial do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que, apesar das mulheres serem 43% do total de ocupados no País, na camada dos 10% de empregados que recebem menos, elas são a maioria, 55%. Porém, entre os 10%, 1% e 0,1% mais bem pagos, as trabalhadoras têm menor representação: 34%, 22% e 11%, respectivamente.

 

As constatações do levantamento têm como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do 3º trimestre de 2024. Segundo o instituto, o Brasil contava com 91,2 milhões de mulheres com 14 anos ou mais, das quais 48,1 milhões faziam parte da força de trabalho. Dessas, 44,4 milhões estavam ocupadas no período, e 3,7 milhões, desocupadas - o equivalente a uma taxa de 7,7%. O porcentual fica acima do masculino (5,3%).

 

A presença feminina em cargos estratégicos continua sendo inferior à masculina por conta da persistência de barreiras estruturais e culturais, avalia a sócia do escritório Vernalha e Pereira, Angélica Petian. Segundo ela, as empresas precisam criar ambientes mais inclusivos, com a ‘implementação de programas de mentoria para mulheres, políticas de diversidade e canais de denúncia eficazes‘.

 

Leia mais - Mulheres em cargos de liderança ganham R$ 40 mil a menos por ano do que homens, aponta Dieese

 

Fora esse fato, as trabalhadoras ainda recebem em média 19,4% a menos do que os homens para exercer as mesmas funções, apontam dados do Ministério das Mulheres e do Trabalho apurados pelo escritório de advogados Vernalha Pereira.

 

Além disso, conforme o Dieese, diretoras e gerentes ganharam em média por mês R$ 6.798, enquanto homens, nos mesmos cargos, R$ 10.126, uma diferença de R$ 3.328 mensais. Por ano, esse valor equivale a R$ 40 mil a menos para elas.

 

No País, a pesquisa do departamento mostra que o rendimento médio real mensal para as mulheres é menor: R$ 2.697, enquanto para os homens, R$ 3.459. Na mesma base de comparação, no caso das trabalhadoras com nível superior, o ganho é de R$ 4.885, R$ 2.899 a menos do que o pago aos trabalhadores (R$ 7.784).

 

Além disso, segundo o levantamento, em nenhum Estado brasileiro a média da remuneração mensal feminina supera a masculina.

 

O tempo tem grande influência nos ganhos salariais. A jornada de trabalho semanal remunerada masculina supera a feminina em 4,3 horas. Já o trabalho feminino sem ganhos financeiros supera em 10 horas o dos homens. O boletim do Dieese mostra ainda que as mulheres gastam 21 dias ou 499 horas a mais em um ano com afazeres domésticos.

 

A Lei 14.611/2023, de Igualdade Salarial entre Homens e Mulheres, trouxe avanços para atenuar a desigualdade de gênero nesse sentido, com mais transparência salarial e penalidades para empresas que não cumprirem determinações, avalia a GBR Comunicação. Porém, ainda não é suficiente para ter equidade nas remunerações entre homens e mulheres.

 

Nesse caso, além das medidas apontadas por Petian, o Dieese argumenta que é preciso haver um debate constante e ampliar a participação de mulheres em espaços de negociações e cargos de liderança. A discussão deve ir além do período que antecede o Dia Internacional das Mulheres, em 8 de março.

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