Corte em políticas públicas para mulheres ficam fora da pauta de encontro

Tentando atrair o eleitorado feminino de Mato Grosso, a suplente de senadora, Margareth Buzetti (PP), e a primeira-dama Virgínia Mendes, realizarão um encontro 'Mulheres com Bolsonaro' nesta terça-feira (25) na sede do União Brasil em Cuiabá. Apesar do encontro ser temático, o grupo não pretende discutir políticas públicas para mulheres.  

Em conversa com o , Buzetti foi questionada sobre a proposta orçamentária de 2023 do governo Jair Bolsonaro (PL), em que traz uma redução de mais de 90% dos recursos para programas sociais que atuam no combate à desigualdade de gênero no Brasil.  A empresária alegou que cortes são "normais".

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Sobre isso, a suplente de senadora afirmou que o debate do encontro será sobre "família, liberdade e segurança".  "Quem vencer as eleições terá problemas com o orçamento do ano que vem. [Esses cortes] é normal, já que as contas públicas ainda estão sofrendo o impacto da pandemia", disse Buzetti.   "Mas a economia está melhorando, a nossa moeda está valorizando. Então, vamos falar mais sobre família, liberdade, segurança e de economia também. Podemos falar sobre isso", completa.  

Buzetti voltou a falar que o presidente se expressa mal, ao citar o episódio da venezuelanas, onde chegou a dizer que "pintou um clima" com meninas de 14, 15 anos.   "Ele se expressa mal. Apenas isso. Não era o que ele queria falar quando disse pintou um clima. Ele fala mal. E ponto", justificou.  

Para Buzetti, o debate sobre políticas públicas para as mulheres tem que ser "desarmado" e sem"agressividade". "Está muito complicado conversar sobre política. Nós temos que nos desarmar, conversar com calma e sem pressão", completa.  

O encontro contará com a presença de outras primeiras-damas dos municípios do estado, com prefeitas e deputadas federais eleitas e a deputado estadual Janaina Riva.  

Cortes  

O corte no chamado "orçamento da mulher", expressão usada pelo próprio governo federal, afetará uma relação de políticas públicas que exercem impacto nos direitos da população feminina do país.   A redução no orçamento atingirá 79 ações como medidas focadas no combate à desigualdade de gênero até políticas universais, mas que afetam as mulheres de forma distinta, nas áreas de saúde, educação, habitação e assistência social.