Publicidade

Cuiabá, Quarta-feira 15/10/2025

Esporte - A | + A

com familiares 24.02.2022 | 15h21

Brasileiros que jogam na Ucrânia pedem ajuda para deixar o país após invasão russa

Facebook Print google plus

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Jogadores brasileiros que atuam no futebol da Ucrânia gravaram um vídeo nesta quinta-feira, dia 24, pedindo socorro e ajuda para deixar o país. Atletas de Shakhtar Donetsk e Dínamo de Kiev, dois dos principais clubes ucranianos, estão reunidos em um hotel na capital Kiev com seus familiares, mulheres e filhos, desde que a Rússia declarou guerra e iniciou um ataque à nação vizinha. Mísseis foram lançados no país. Havia uma esperança para impedir a guerra com a diplomacia. Por isso os clubes de futebol retornaram para a Ucrânia. Eles estavam na Turquia.

 

No vídeo, compartilhado pelos jogadores nas redes sociais, eles contam que falta combustível na cidade e que o espaço aéreo da Ucrânia está fechado, dificultando qualquer deslocamento de avião. Vias terrestres e ferroviárias são os prováveis caminhos para deixar o país neste momento. Eles pedem ajuda do governo brasileiro para conseguir voltar para casa. O Itamaraty está trabalhando no assunto.

 

Leia também - Cartolas podem tirar Rogério Caboclo da CBF de forma definitiva nesta quinta 

 

"Cada um saiu correndo de suas casas para o hotel, com uma peça de roupa e não sabemos como vai ser. Pedimos ajuda para resolver a nossa situação", disse a mulher de um dos atletas brasileiros. Todos estão bem.

 

Atuando no Shakhtar Donetsk desde 2018, o atacante Fernando, ex-Palmeiras, é um dos brasileiros a falar no vídeo. Ele faz um apelo às autoridades brasileiras e afirma que "não tem como sair do país". Júnior Morais, outro brasileiro no futebol da Ucrânia, disse que a situação é "grave" e aguarda uma solução (do governo) para deixar o local. Todos os estrangeiros na Ucrânia estão na mesma condição. O Estadão mantém o repórter Eduardo Gayer em Kiev.

 

Vale ressaltar que o elenco do Shakhtar Donetsk estava realizando uma intertemporada na Turquia e, após o fim das atividades, a direção do clube decidiu voltar à Ucrânia mesmo com a iminência de uma invasão russa. Após a declaração de guerra, os jogadores foram levados ao hotel em Kiev, onde também estão os atletas do Dínamo. Quase nenhuma informação sobre a real situação do país foi passada aos brasileiros.

 

Os brasileiros no hotel afirmam que estão com dificuldades para entrar em contato com a embaixada brasileira na Ucrânia. Os atletas dizem estar decepcionados com a situação (de abandono) e clamam por uma atitude urgente das autoridades para retornar ao Brasil.

 

Apelo
Trio do Metalist 1925, um clube da cidade de Kharkiv fundado em 2016, os jogadores brasileiros Derek, Fabinho e Marlyson também estão com dificuldades para deixar a Ucrânia. Os atletas gravaram juntos um vídeo fazendo um apelo às autoridades do Brasil para deixar o país "o mais rápido possível" e "com segurança". Eles não sabem o que pode acontecer.

 

"Estamos vivendo um momento crítico aqui no país e nós só queremos sair com segurança. Nossa família está preocupada com a gente e nós não temos notícia de nada", disse Fabinho, em tom apreensivo. Os clubes tentam proteger seus jogadores em hoteis, e monitoram seus passos.

 

Lucas Rangel, atacante brasileiro do Vorskla afirmou ao Estadão que também está com dificuldades para deixar a Ucrânia. Segundo ele, o clube onde joga o orientou a ficar em Poltava, cidade onde mora. No entanto, ele teme que os ataques cheguem ao local.

 

"É impossível eu ficar aqui. Kharkiv está a 1h20 daqui e já jogaram uma bomba lá. Também há rumores de que vão invadir a cidade", disse o atleta de 27, que também criticou a falta de informações da embaixada brasileira. "Mandam nos cadastrar em um site e esperar notícias por lá, mas até agora nada."

 

Clubes se reúnem com a Uefa
Clubes da Ucrânia se reuniram com a entidade nesta quinta-feira e definiram a paralisação do campeonato nacional, que deveria ser retomado nesta semana após a pausa de inverno. Algumas equipes, inclusive, já haviam liberado seus jogadores de treinamentos, apesar da organização local ter alegado na terça-feira que tinha planos para retornar com a temporada 2021-2022 na semana.

 

O Shakhtar Donetsk, principal time da Ucrânia, conta com 11 brasileiros no elenco. São eles: Dodô, Vitão, Marlon, Ismaily, Marcos Antônio, Alan Patrick, Maycon, David Neres, Tetê, Pedrinho e Fernando. Eles foram impedidos de dar entrevistas, inicialmente. Agora, todos eles pedem ajuda para deixar o país.

 

Palco da final da Liga dos Campeões deve mudar
A final da atual edição da Liga dos Campeões também tende a mudar de local e deve conhecer sua nova sede nesta sexta-feira. A Uefa marcou uma reunião de emergência com seu Comitê Executivo pela madrugada e tem tudo para tirar o jogo decisivo do dia 28 de maio de São Petersburgo, na Rússia. A entidade já vinha sofrendo enorme pressão dos clubes e federações, sobretudo da Inglaterra, e prometia medidas drásticas caso não houvesse um recuo dos russos na ameaça de invasão à Ucrânia. Com a confirmação dos ataques, agora o jogo decisivo deve deixar a Gazprom Arena, estádio do Zenit e de propriedade de grande parceiro da federação europeia.

 

"Na sequência da evolução da situação entre a Rússia e a Ucrânia, o presidente da Uefa convocou uma reunião extraordinária do Comité Executivo para sexta-feira, 25 de fevereiro, a fim de avaliar a situação e tomar todas as decisões necessárias", divulgou a Uefa em comunicado.

 

Há grande possibilidade de a decisão ser marcada para Londres e o estádio do Tottenham, com capacidade para 62 mil espectadores, surge como um dos favoritoa para sediar a final. Mas, outras cidades de outros países também se colocaram à disposição da Uefa: Munique, Istambul (perdeu a final passada por causa da pandemia de covid-19, mas já será sede em 2023), Madri e até Lisboa, que recebeu a decisão há dois anos. Será a terceira vez seguida que a Liga dos Campeões muda seu estádio da final. As outras duas foram por causa da pandemia de covid-19.

 

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Nos últimos meses foram registradas várias denúncias de assédio sexual em instituições de ensino do nível básico ao superior. Você já se sentiu assediada (o) nestes ambientes?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Terça-feira, 14/10/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.