NOVOS DEPOIMENTOS 06.05.2024 | 10h14
redacao@gazetadigital.com.br
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Com o indiciamento dos 4 envolvidos no duplo homicídio ocorrido em Peixoto de Azevedo no último dia 21 de abril, novos documentos foram juntados ao processo que tramita na 2ª Vara de Peixoto de Azevedo. Entre eles está o depoimento de uma amiga da cunhada de Inês, que deu um pouco mais de detalhes sobre o dia do crime.
De acordo com ela, a acusada de homicídio teria recebido uma ligação suspeita durante à tarde e mudou seu comportamento, logo antes de sair para matar as vítimas.
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Os homicídios ocorreram na tarde do dia 21 em uma residência no bairro Alvorada, em Peixoto de Azevedo (691 km ao norte). Os envolvidos Inês Gemilaki, Bruno Gemilaki Dal Poz, Márcio Ferreira Gonçalves e Eder Gonçalves Rodrigues foram presos dias depois.
Eles foram indiciados nesta sexta-feira (3) e no processo agora consta que foram ouvidos o outro filho de Inês e uma amiga da esposa de Eder. O depoimento do homem, que mora no Acre, no entanto, foi realizado por videoconferência e não transcrito.
Já a amiga da esposa de Eder relatou que no dia dos fatos foi convidada para ir a uma festa na casa do casal. Ela chegou ao local por volta das 11h e um tempo depois Inês, Márcio e Bruno também chegaram.
Segundo a mulher, aproximadamente uma hora depois, Márcio teria pedido a Inês para que o levasse para casa, pois tinha alguns serviços para entregar. A esposa atendeu ao pedido e depois retornou à festa. Este relato é um pouco diferente do que disse a esposa de Eder, que contou sobre uma discussão entre Márcio e Inês por causa de bebida, antes dele ir embora.
A amiga da esposa de Eder continuou relatando que depois que Inês retornou para a festa, em determinado momento teria recebido uma ligação e saiu da casa para atender. Depois deste telefonema, Inês teria mudado completamente seu comportamento. A depoente disse que a mulher mostrou algo a Bruno no celular e logo em seguida disse "Eder, vamos à conveniência buscar bebidas". Em sua versão, a esposa de Eder não citou esta ligação.
A amiga disse ainda que cerca de uma hora após Inês, Bruno e Eder terem saído ela viu nos meios de comunicação que eles haviam matado algumas pessoas. A mulher de Eder então teria ficado desesperada, principalmente porque não conseguia falar com nenhum dos parentes por celular.
Depois de inúmeras tentativas dela, Eder acabou ligando. No entanto, ela não conseguia se expressar e a amiga decidiu pegar o telefone para conversar com Eder. O homem teria dito a ela apenas "Cuida, para mim, de [minha esposa] e meus filhos", e desligou em seguida.
Ela disse que convidou a mulher para ir para sua casa, já que ela não parava de chorar, na tentativa de acalmá-la. A esposa de Eder acabou revelando à amiga que Inês confidenciou que estava sendo ameaçada por "Polaco", dono da casa onde os homicídios acabaram ocorrendo. Disse que ele teria enviado homens à casa dela para ameaçá-la.
No dia seguinte aos homicídios a esposa de Eder passou no trabalho da amiga e deixou a chave da casa, dizendo que iria embora, pois estava com muito medo, já que seu marido foi junto com Inês à casa de "Polaco".
Briga com dono de imóvel
Sobre o desentendimento entre Inês e a vítima que ela tentou matar, Polaco, a cunhada disse que o homem havia reclamado com Inês quando ela alugava a casa dele, sobre as condições da piscina. Nisso a mulher descobriu que o homem estava vendo as imagens das câmeras de segurança e ela resolveu desligar as câmeras, já que tinha o costume de andar só de calcinha e sutiã. Ela temia que ele já tivesse a visto nua.
O homem então pediu a casa de volta e se iniciou uma briga judicial por cobrança de possíveis prejuízos. O dono da casa perdeu o processo, mas não teria gostado da situação e daí se iniciaram as brigas e ameaças.
A cunhada ainda disse que no sábado (20) Márcio havia ido à casa dela e de seu marido, e disse para não irem mais à residência dele, pois na tarde daquele dia 6 homens teriam ido lá atrás de Inês, dizendo que queriam matá-la. Márcio conversou com estes suspeitos e nada aconteceu.
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