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GUERRA DE FACÇÕES 28.03.2025 | 17h15

'Angéliquinha' é condenada a 100 anos de cadeia por morte de 4 trabalhadores do PR

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Angélica Saraiva de Sá, conhecida como "Angeliquinha", foi condenada em júri popular na quinta-feira (27) a 99 anos e 11 meses de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e integrar organização criminosa. Julgada pelo Tribunal do Júri da comarca de Nova Monte Verde (a 968 km de Cuiabá), ela iniciará o cumprimento da pena em regime fechado e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

 

De acordo com o Ministério Público, Angélica e outros 14 denunciados mataram Alan Rodrigues Pereira, 36, Caio Paulo da Silva, 31, Jefferson Vale Paulino, 27, e João Vitor da Silva, 19. Os crimes ocorridos em agosto de 2022 teriam sido praticado com requintes de crueldade, sendo as vítimas torturadas antes da execução em uma fazenda da região.

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O Conselho de Sentença acolheu a tese do promotor de Justiça Cleuber Alves Monteiro Junior e reconheceu que o crime foi praticado por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas. 

 

Conforme a denúncia, as vítimas teriam vindo do estado do Paraná e chegaram à cidade para trabalhar nas obras de pavimentação asfáltica, no entanto, foram supostamente identificadas pelos denunciados como sendo integrantes de uma facção criminosa rival, conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC).

 

No dia do crime, duas das 4 vítimas compareceram à residência de um dos denunciados, possivelmente para adquirir entorpecentes. Diante das suspeitas, foram mantidos reféns e torturados até confessarem a participação na facção rival.

 

Após a confissão, Angélica, tida como a líder do Comando Vermelho na região, ordenou a execução das duas vítimas e mandou que buscassem e matassem as outras duas que estavam hospedadas no mesmo alojamento.

 

Alan e João Vitor morreram por esgorjamento, enquanto Caio Paulo e Jefferson faleceram em virtude do traumatismo crânio-encefálico.

Histórico no crime
Angélica Saraiva de Sá, conhecida por “Angéliquinha”, já havia sido presa em 2017 apontada como líder de uma quadrilha envolvida em roubos, tráfico de drogas e homicídios, na cidade de Alta Floresta (762 km ao Norte). A prisão de Angélica ocorreu na cidade de Rio Verde, no Estado de Goiás, local em que mantinha uma casa supostamente para prostituição.

 

Na ocasião ela foi recapturada, já que estava foragida e foi posta em liberdade, em março de 2017, por um erro de sistema. A presa teve um alvará de soltura expedido pela Justiça, dentro de um dos processos que responde. Mas ela tinha outros mandados de prisão preventiva em vigor, o que impediria sua soltura.

 

Em setembro 2015, Angéliquinha, voltou a ser alvo de uma operação da Polícia Civil de Alta Floresta, deflagrada para por fim a onda de crimes que vinha liderando na cidade.  A ação desencadeada pela Delegacia de Alta Floresta com apoio das Delegacias de Carlinda e Paranaíta resultou na detenção 13 pessoas, incluindo menores de idade.

 

As investigações iniciaram após uma série de homicídios ocorridos em Alta Floresta. A Polícia Civil conseguiu identificar integrantes e o modo de autuação da quadrilha, levando inicialmente a prisão dois assaltantes, em Carlinda, e dias depois na desarticulação do grupo criminoso.

 

A dupla, quando presa, estava voltando para Alta Floresta para encontrar os demais integrantes do bando. Os dois foram flagrados com dinheiro e arma de fogo.

 

Segundo a Polícia, a quadrilha era responsável por roubo de veículos e homicídios ocorridos na cidade. Após o roubo, as motocicletas eram vendidas em garimpos da região e em cidades do interior. O dinheiro adquirido com a comercialização dos veículos era utilizado para compra de armas e para manter as despesas da quadrilha. Os menores eram aliciados para integrar a quadrilha e eram utilizados para prática dos assaltos e homicídios.

 

De acordo com as investigações, a líder do grupo, “Angéliquinha” é pessoa de confiança de um traficante de grande porte, procurado pela Polícia. Ela que dava ordens para que os roubos e homicídios fossem praticados na cidade. Todos os integrantes da quadrilha foram presos em um acampamento, próximo à balsa da Indeco, onde estavam preparados para passar no mínimo dois meses.

 

Ao perceber a presença dos policiais, os acusados tentaram fugir, entrando na mata, mas ao perceber que estavam cercados decidiram se entregar. Uma jovem de 23 anos, que estava desaparecida, foi encontrada e estava participando das atividades ilícitas da quadrilha.

 

Entre os crimes praticados pelo grupo estaria um duplo homicídio, ocorrido em agosto de 2015. As duas vítimas executadas e uma terceira que conseguiu sobreviver aos ferimentos eram primas de “Angeliquinha”. As investigações apontam que outros 3 homicídios, todos ocorridos no mês de agosto, foram realizados por integrantes da quadrilha.

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