descumpriu medidas cautelares 28.10.2025 | 17h22

redacao@gazetadigital.com.br
Montagem GD / Reprodução
A Tampatinhas Cuiabá, associação que realiza castração de animais em situação de rua através da reciclagem, pediu à Justiça para revogar a liberdade provisória de Larissa Karolina Silva Moreira, investigada por maus-tratos contra animais. A investigada foi solta no último mês de julho sob imposição de medidas cautelares. Na petição encaminhada ao Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias, a entidade argumenta que Larissa vem descumprindo as cautelares.
Um dos exemplos citados é o rompimento da tornozeleira eletrônica em duas ocasiões, que levaram à desativação do cadastro da investigada. "[A investigada] tem demonstrado contínuo e deliberado desprezo pelas determinações judiciais, culminando em graves violações que põem em xeque a eficácia das medidas e a própria autoridade da Justiça", diz trecho do pedido.
A Tampatinhas contesta o argumento da defesa de Larissa, que alegou que o rompimento do dispositivo teria acontecido após um "surto psicótico agudo". Segundo a associação, em uma conversa da investigada com uma amiga, Larissa relata que retirou a tornozeleira por conta de uma ressonância no ombro, e um vídeo mostra Larissa dançando em uma festa, próximo às 4h da manhã, refutariam o discurso de debilidade mental.
O documento ainda menciona casos de intimidação e ameaças da investigada contra um protetor de animais e uma jornalista. A profissional da imprensa em questão chegou a fazer um Boletim de Ocorrência (B.O.) após ser perseguida por Larissa em uma festa.
"A investigada não apenas descumpre as medidas cautelares e mente em juízo, mas também se vale de sua liberdade para assediar e ameaçar testemunhas, denunciantes e jornalistas, criando um clima de medo e buscando obstruir a ação da justiça e o trabalho da imprensa", pontua um outro trecho do documento.
No fim, o documento pede a revogação do benefício de liberdade provisória com monitoramento eletrônico e a prisão preventiva da investigada.
Relembre o caso
Larissa Karolina Silva Moreira foi presa em 13 de junho deste ano, alvo de investigação da Delegacia de Meio Ambiente (Dema), por supostamente adotar animais em situação de vulnerabilidade para praticar maus tratos que resultam na morte deles. Três corpos foram encontrados em uma área de mata próximo à residência da jovem.
Durante as investigações, a equipe da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema) ouviu 11 testemunhas, levantou relatórios investigativos e imagens, que comprovaram a atuação da investigada no crime.
Uma das imagens de câmera de segurança coletadas mostra o momento em que a investigada sai de sua casa com uma sacola nas mãos, que continha um dos gatos mortos.
Laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) feito a partir do cadáver de gato encontrado em saco plástico em terreno baldio próximo à residência de Larissa Karolina Silva Moreira, constatou lesão extensa na cabeça do animal, lesão na região perianal com presença de orifício ou laceração sugestiva de possível trauma, e ainda, material plástico amarrado ao redor do pescoço do animal, indicativo de asfixia.
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