mandou matar amigo 23.09.2025 | 18h20
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
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Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) julgou prejudicado o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa do empresário Gabriel Júnior Tacca, acusado de ser o mandante da morte do amigo, Ivan Michel Bonotto, 35. A decisão monocrática foi determinada pelo desembargador Hélio Nishiyama, nesta segunda-feira (22).
O recurso teve como objetivo revogar a prisão temporária imposta pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá) logo após o recebimento da denúncia oferecida pelo promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino, do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). No entanto, antes do habeas corpus ser julgado, a Justiça de Sorriso converteu a prisão temporária em prisão preventiva, fazendo com que o pedido perdesse sentido, prejudicado antes da análise do mérito.
“Contudo, verifica-se dos autos de origem que, na data de 12 de setembro de 2025, a autoridade judiciária converteu a prisão temporária do paciente em prisão preventiva. Assim, tendo em vista a perda superveniente de objeto, julgo prejudicado o presente habeas corpus, nos termos do artigo 659 do Código de Processo Penal e artigos 51, XV, e 159, ambos do Regimento Interno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso”, determinou o juiz.
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Diante disso, Gabriel segue detido preventivamente enquanto responde à ação penal na qual ele e o comerciante Danilo Carlos Guimarães viraram réus pelo homicídio qualificado contra Ivan Michel Bonotto. O crime ocorreu na noite de 21 de março de 2025. Ivan foi esfaqueado na Distribuidora Tacca, de propriedade de Gabriel. O autor dos golpes foi Danilo Guimarães.
O agressor e também o dono da distribuidora afirmaram à polícia que se tratava apenas de uma briga de bar e que não conheciam a vítima. No entanto, após início das investigações, ficou comprovado que Ivan era amigo próximo de Gabriel e que ele havia mentido em depoimento.
A polícia apurou, ainda, que a esposa de Gabriel, Sabrina Iara de Mello, mantinha um relacionamento extraconjugal com Ivan, a vítima. Ao descobrir da traição da esposa e do amigo, Gabriel contratou Danilo para matar Ivan dentro de seu estabelecimento, simulando uma briga a fim de disfarçar o crime.
Ivan era morador de Tapurah (433 km a Médio-Norte) e quando visitava Sorriso se hospedava na residência do casal, com quem tinha vínculo de amizade e também um "romance" com a médica enquanto o dono da distribuidora viajava. A vítima morreu na UTI em 13 de abril, 22 dias após dar entrada no local.
Conforme o MP, o envolvimento entre Sabrina e Ivan teria despertado um intenso sentimento de vingança e rancor em Gabriel, sendo a descoberta da traição e do relacionamento extraconjugal "o estopim" para o cometimento do crime.
Gabriel Tacca e Danilo Guimarães foram presos durante a Operação Inimigo Íntimo, deflagrada pela Polícia Civil. Sabrina também foi alvo da operação. Após o crime, Sabrina teria invadido o celular da vítima no hospital, apagando mensagens, arquivos e fotografias que poderiam comprovar a relação amorosa extraconjugal. A conduta foi enquadrada como fraude processual qualificada.
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