OPERAÇÃO APITO FINAL 27.05.2024 | 10h59
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução
Na denúncia oferecida pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) contra Paulo Witer Farias Paelo, o “WT”, e outros 25 alvos da Operação Apito Final, o promotor de Justiça João Batista de Oliveira destacou que WT era amado e admirado em sua área, n o bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, e sua soltura foi comemorada com fogos de artifício. O representante do Ministério Público também citou um alerta que WT fez a seus companheiros de facção, para que não agissem em seu território.
Leia também - Comprador processa vendedor após descobrir que área é parte de assentamento
A Operação Apito Final mirou uma organização responsável pelo tráfico de drogas em Cuiabá que movimentou R$ 65 milhões. O grupo também praticava lavagem de dinheiro para encobrir a origem dos valores.
As investigações da polícia apontaram que WT, o líder deste grupo, era bastante conhecido e até mesmo admirado na região do bairro Jardim Florianópolis, onde cresceu. Os moradores chegaram a comemorar com bebidas, música e até fogos de artifício a soltura de WT, em outubro de 2021.
“É ainda nome admirado no seu ciclo de convivência e nos bairros onde cresceu, tendo em vista as ações que pratica para a sociedade com o lucro obtido por meio da facção criminosa (pagamento de contas de energia, distribuição de cestas básicas, cobertores de frio, brinquedos no dia das crianças). Ainda, o denunciado possui um time de futebol amador, denominado de ‘amigos do WT’, que atrai uma legião de seguidores e consumidores dos produtos personalizados do time, como camisetas, copos e bonés”, disse o promotor.
Para reforçar sua liderança na região onde cresceu, nos bairros Jardim Vitória, Novo Paraíso e Jardim Florianópolis, em outro momento WT teria alertado seus colegas de facção para que não fossem resolver problemas na sua “quebrada”, reforçando que cada um deve cuidar de seu espaço.
A operação
A Operação Apito Final cumpriu 54 ordens judiciais que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como WT, identificado como tesoureiro da facção e responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis.
A investigação da GCCO apurou, no período de dois anos, que a organização movimentou R$ 65 milhões em bens móveis e imóveis adquiridos para lavar o dinheiro da facção. Além dos imóveis e veículos de luxo, as transações incluíram a criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo, estratégias utilizadas pelo grupo para a lavagem de capitais e dissimulação do capital ilícito.
Análises financeiras realizadas pela Polícia Civil apontaram que os investigados, mesmo sem comprovação de renda lícita, adquiriram veículos como BMW X5, Volvo CX 60, Toyota Hilux, Amarok, Jeep Commander, uma Mitsubishi Eclipse e uma Pajero, além de diversos modelos Toyota Corolla.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.