GERENTE DO CV 28.10.2024 | 10h02
redacao@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira
Em decisão publicada no Diário de Justiça desta segunda-feira (28) o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão de Kauan Vitor Rocha da Costa, vulgo “Madruga”, apontado como gerente da facção criminosa Comando Vermelho em Confresa (1.160 km a Nordeste). Através de perícia no celular de Kauan foi descoberto um esquema de lavagem de dinheiro por meio de empresas fantasmas.
Leia também - PV pede anulação de lei de MT que altera normas de proteção do Pantanal
De acordo com os autos, Kauan teria a função de preparar, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, guardar, entregar a consumo ou fornecer drogas a traficantes e usuários da região de Confresa.
Com a prisão de “Madruga” em março deste ano, a Justiça autorizou a extração de dados de seu celular. Assim foi verificado que o suspeito seria o gerente do tráfico de drogas do Comando Vermelho e determinava que os pagamentos da venda de entorpecentes fosse realizado via PIX à empresa HL Construtora. No entanto, foi apurado que esta empresa não existe.
“Não possuem endereço físico, havendo fundados indícios de que existem apenas para o branqueamento de capitais oriundos do tráfico de drogas exercido pela organização criminosa, uma vez que nos locais indicados nos contratos sociais das empresas referidas, não há qualquer atividade empresarial”, diz trecho dos autos.
Segundo as investigações, a HL Construtora recebeu, em aproximadamente dois meses, 1.116 transferências, totalizando o valor de R$ 368.643,00. Desta forma foi identificada a técnica conhecida como “smurfing”, onde realiza-se diversos depósitos de pequenos valores, para não atrair a atenção dos órgãos de controle.
“Há uma série de indícios de materialidade e autoria apontando para o fato de que Kauan Vitor Rocha da Costa está pessoalmente ligado ao Comando Vermelho, ao tráfico de drogas e a um complexo esquema de lavagem de dinheiro, por meio do qual teriam sido movimentadas centenas de milhares de reais da organização criminosa”, pontuou o juiz.
Ao analisar o pedido de revogação da prisão preventiva de Kauan, feito pela defesa, o magistrado apontou que foi decretada a medida, até hoje, não houve fato novo que justificasse a liberdade do suspeito. Com isso ele indeferiu o pedido e manteve Kauan preso.
“A prisão cautelar é medida que se justifica em casos como o em tela, uma vez que se presta a dificultar e/ou interromper as ações das organizações criminosas, especialmente das facções como o Comando Vermelho, as quais se voltam, sobretudo, ao monopólio do tráfico de drogas e se utilizam de toda sorte de crimes violentos – ameaças, torturas, homicídios, extorsões – para a consecução de seus objetivos”, destacou.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.